Dívida pública Cabo-verdiana deve diminuir este ano

Previsão é do FMI que conclui a terceira e última avalição de Cabo Verde ao programa de assistência técnica. Estimativa é que a dívida pública diminua para 138,7% este ano e abaixo dos 100% em 2026

O Fundo Monetário Internacional, FMI, estima que a dívida pública de Cabo Verde retome em 2021 a tendência decrescente dos últimos anos, após um máximo histórico de quase 141% do Produto Interno Bruto, PIB, em 2020, devido aos efeitos da pandemia.

As previsões constam da informação em que o FMI conclui a terceira e última avaliação de Cabo Verde ao programa de assistência técnica, com a organização a apontar que o ‘stock’ da dívida pública Cabo-verdiana disparou de 125% do PIB em 2019 para 140,9% em 2020, estimando a descida para 138,7% este ano.

No cenário a médio prazo, o FMI prevê que o peso da dívida pública fique abaixo dos 100% do PIB em 2026.

Segundo o FMI, o PIB Cabo-verdiano caiu de 195,2 mil milhões de Escudos em 2019 para 169,3 mil milhões de Escudos em 2020, devendo subir este ano para 181,3 mil milhões de Escudos.

O crescimento da dívida pública de 2019 para 2020 foi influenciado, segundo informação anterior do Governo, pela forte quebra nas receitas do Estado, desde logo pela ausência de turismo desde março do ano passado, devido à pandemia de covid-19, e pela necessidade de reforçar, com o aumento do endividamento, o setor da saúde e os apoios sociais e às empresas, para mitigar as consequências da crise económica.

O FMI reconhece que a economia Cabo-verdiana “foi duramente atingida pela pandemia”, estimando uma recessão de 14% em 2020. Entretanto as medidas de política e proteção social tomadas pelo Governo estão a apoiar a economia e a ajudar os grupos mais vulneráveis a enfrentar o impacto da pandemia, pelo que, o FMI prevê ainda um crescimento económico de 5,8% do PIB este ano, e anualmente acima de 6% a partir de 2022.



2 COMENTÁRIOS

  1. Li agora a pouco, aquilo que o Paicv chama de plataforma eleitoral, mas que na prática, não passa de um discurso antigo, escrito por Avelino Bonifácio e que foi lido pela JHA no último debate sobre estado da nação. Como era de se esperar, duas notas sobressaem do “copy and paste”, e são elas: PREGUIÇA e FALTA DE AMBIÇÃO. Eu acuso: O Paicv e a JHA são preguiçosos. Não se deram ao trabalho de analisar a conjuntura socioeconómica e sanitária do País e do Mundo, para em face da análise objectiva traçar um diagnóstico, e apartir do diagnóstico inventariar ações e programas consistentes com o estado da sua análise. Só um exemplo: na área da saúde, JHA diz que “a saúde é um direito, não um luxo” e que “não é possível as pessoas não conseguem fazer um TAC”. Ora, isto não manifesto, isto é discurso de trapaceiro. O MpD propoe, por exemplo isentar das taxas moderadoras as categorias de menor rendimento e construir um hospital de referência para práticas da ciência médica, e não apenas para curativos. JHA diz apostar na “turismo medical”…Bom para início de conversa, a expressão está errada, Sra Xefona. Escreve-se “Medical Tourism”. Ora, turismo médico não é possível com aparelho TAC de segunda mão. Ninguém vem da Franca, Alemanha ou Inglaterra para fazer filas nos hospitais. Mas podem, perfeitamente vir para ser tratados num grande hospital de referência; estudantes de medicina, podem vir estudar doenças tropicas no futuro hospital que o UCS vai construir na Praia. Portanto, faltou também ousadia, típica de preguiçosos. JHA quer apostar no maldizer com arma e não quer esforçar seu cérebro para dar um pouco mais. Compreensível, de resto, já que escorraçou todos os cérebros do Paicv para evitar oposição de ideias. JHA aposta com o Manuel Monteiro no segundo lugar.

  2. Continua…
    JHA e o Paicv não dizem quanto custará ao País as suas opções programáticas. Não diz, por exemplo, como vai controlar o deficit das contas públicas e nem como vai lidar com os impactos da COVID-19. JHA e o Paicv, contam, no limite, que, se ganhar as eleições, todo o trabalho da combate aos efeitos da COVID-19 estará realizado e ganho o desafio da pandemia pelo MpD. Ora, mas uma vez fica clara a noção de gente preguiçosa de que JHA é exemplo. Ora, vencendo a COVID-19, o MpD tem todas as condições para seguir governando o País. JHA copia do MpD a meta de vacinar 70% da população. Só não diz como, nem quanto custará ao País. Paradoxal, para quem nega a pandemia e seus efeitos na economia. Pra lutar contra uma pandemia que não existe, uma invenção do MpD? Transportes aéreos e marítimos. JHA copia discursos do João do Carmo, que não é coisa que se recomenda a ninguém e Julião Varela pior ainda, para debitar um montão de baboseiras e grosserias sem nexo. Por exemplo: não diz quantos aviões a TACV (vai acabar com a CVA) vai dispor e também não diz quanto vai custar investir na aquisição dos aviões para compor a frota da nova companhia aérea que vai criar; vai acabar com o contrato com os parceiros islandeses mas não quanto de indeminização vai pagar pela renuncia do contrato em vigor. Diz também que vai acabar com a TICV e mandar os espanhóis “lá para aquela parte” (sublinhado meu), mas não diz o que vai colocar no lugar da transportadora ineri-lhas, nem quanto vai custar ao Estado criar nova companhia para voos ineri-lhas. Mas também não diz de onde vai tirar dinheiro para comprar novos aviões nem o impacto do investimento nos aviões na conta do Estado. Para quem não desejar endividar mais, JHA conta ter debaixo dos colchões dinheiro da herança do papai para comprar barcos e aviões. Na agricultura, JHA vai apostar na construção de novas barragens para esperar pelas chuvas de cinco em cinco anos. Só não diz, de onde vai retirar o dinheiro, já que ainda não pagou a Portugal pelo crédito nas barragens antigas. Educação é exemplo da preguiça e falta de ambição do Paicv. Vai colocar conteúdos educativos nos meios digitais. Nada mau, para quem apoucou da telescola, e é tudo para educação. Não diz se vai repor as matriculas para todos, nem se vai “desunivesalizar” a educação obrigatória até 12 anos, já que discorda desta medida. Não vai ter 150 mil computadores, mas mais do que isso: um computador para cada aluno. Universidade de graça, dinheiro não é problema, porque papai vai bancar tudo. Função Pública, poucas palavras, circunstanciais. No essencial, vai repetir as promessas do JMN: 13 terceiro salário para todos os trabalhadores. Pesca, nem uma palavra de gente séria. JHA parece Bloco de Esquerda ou Partido Comunista de Portugal, antes da geringonça. Antes da geringonça, ou seja antes do cheiro do poder, tudo era possível, mundos e fundos. Todos tinham direitos a tudo. Depois de experimentar e pagar pela governação, tudo sem nexo, para não ser pedido responsabilidade. Coisa de gente doida. Para não acredita mesmo! Mas é na economia (lato senso) que a falta de ambição e a preguiça do Paicv e da JHA mais saltam à vista. Nenhuma palavra sobre a boa governação, disciplina fiscal, política monetária e cambial, posição de Cabo Verde na economia global, geração de rendas e empregos, financiamento do desenvolvimento, turismo, etc. Um deserto de ideias. É uma JHA que seria reprovada no seu primeiro seminário, se fosse um mestrado em políticas públicas. As poucas ideias, são cópias dos outros (sem reconhecimento de fonte) e devida contextualização programática. Uma lista sem ordem cronológica, programática e desfocada de resultados. É tudo “vamos fazer”, “vamos acabar com”, “vamos criar”, “vamos romper … com contratos”. Sobre a União Europeia, JHA esbanja sobremaneira a ignorância. Sabe que fazer com Cabo Verde no contexto do mercado comum europeu e nem da circulação de bens e capitais e seu impacto sobre Cabo Verde. Numa palavra, foi um discurso de campanha, para alegrar a multidão…ou falta dela.

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