Dois milhões de crianças órfãs precisam de cuidados em Moçambique

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Num momento em que em Cabo Verde se aborda os Cuidados Alternativos de Crianças, Moçambique revela estar a enfrentar e a fazer um bom combate nesta matéria

Este País do sudeste do Continente Africano possui uma área territorial extensa e uma população de 28 milhões de habitantes. Destes, 2 milhões são crianças órfãs que precisam de cuidados, mas, vai avisando o representante do Governo, Vladimir Nomiér, “a realidade é bem diferente da de Cabo Verde”.

“A modalidade com que trabalhamos mostra um pouco a diferença do trabalho que é feito em Cabo Verde, mas este fórum nos chama, entretanto, a atenção no sentido de harmonizarmos alguns elementos e adaptá-los à nossa realidade”, reconhece.

Vladimir Nomiér que participa no II Fórum Internacional para o Cuidado Alternativo de Crianças, na Praia, diz que, a nível da legislação, os instrumentos sobre a proteção alternativa de crianças, em Moçambique, estão avançados, assim como os do combate e prevenção a casamentos prematuros. “Há um dado, porém, que acabei por observar e que diz respeito ao elevado número de crianças que são cuidadas pelas mães-mulheres, diferentemente da situação no nosso País.

Um outro elemento que nos chama a atenção, tem que ver com os subsídios para as crianças. É que dos 0 aos 12 anos temos um fenómeno, em Moçambique, que é de agregados chefiados por crianças que beneficiam de um subsídio, e crianças órfãs em famílias carenciadas que, também, beneficiam desse tipo de apoio”, revela Nomiér, considerando ser esta uma das estratégias do seu País de proporcionar o bem-estar das crianças.

Para além desta estratégia do Governo Moçambicano, existe, de acordo com Nomiér instituições e organizações privadas que tentam, igualmente, dar resposta a este fenómeno social através dos centros de acolhimento. “Temos centros de acolhimento do Estado e dos privados, mas são transitórios, porque temos um plano de reunificação familiar reforçado com a vertente de formação vocacional.