Economia Azul. Em 2022, só na Baía do Mindelo aportaram 1.120 hiates

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Dados foram avançados pelo Ministro do Mar na sua intervenção inicial no debate parlamentar

O Porto do Mindelo, na Ilha de São Vicente, no âmbito das regatas que hoje recebe, só em 2022, recebeu 1.120 hiates, em 2021 recebeu 726 e em 2020, em plena Covid-19, recebeu 409.

Os números foram hoje divulgados pelo Ministro do Mar, Abraão Vicente, ao fazer a intervenção inicial sobre a Economia Azul, no debate parlamentar. Abrão Vicente sublinhou que tais números, “prova do que o País tem potencial neste setor”.

“Já estamos a rever a lei da concessão de marinas em Cabo Verde para termos mais investimentos nesta área e potenciar ainda mais o desporto náutico em Cabo Verde”, anunciou o governante.

Abraão Vicente frisou sobre alguns instrumentos “elaborados e aprovados”, que tem que ver com este setor no qual se encontra em fase de implementação, como a Carta Política para a Economia Azul, o Quadro Estratégico Unificado para Promoção da Economia Azul no País, o Programa de Promoção da Economia Azul em Cabo Verde, o Plano Nacional de Investimentos para a Economia Azul em Cabo Verde, o Observatório da Economia Azul e o Comité de Pilotagem Intersetorial para a Economia Azul.

No entanto, para a implementação desses instrumentos, o governante destacou dois parceiros, nomeadamente o Banco Mundial e o Sistema das Nações Unidas, parceiros que o mesmo considera “unânime” em caraterização da Economia Azul, como o uso sustentável dos recursos do Oceano para promover o crescimento económico e melhorar o meio de subsistência de trabalho preservando a saúde do ecossistema.

Por outro lado, o Ministro elencou os ganhos obtidos neste setor a nível do financiamento da Economia Azul, destacando a plataforma Blue-X liderada pela Bolsa de Valores e a taxonomia azul, que Cabo Verde tem que permite ter critérios claros científicos sobre o que pode ser considerados como investimento da economia azul.

“As atividades económicas relacionadas com os oceanos, mares e regiões costeiras, que abrange um amplo aspeto do setor estabelecidos emergentes interconectados em Cabo Verde tem tido impacto claros nos números, 90% desses recursos são oceanos e apenas 20 desses gigantescos volumes de água foi explorado”, declarou o Ministro, admitindo que há um longo caminho a ser desbravado com responsabilidade social ambiental.

Na mesma ocasião, o governante finalizou a sua intervenção fazendo menção de alguns projetos a serem implementados em 2023, como o projeto Calhau Azul, que segundo deu conta, “está em marcha”.

“Estuamos a desenvolver um forte quadro para desenvolvimento do turismo, náutica pesca, desportivo, pesca recreativa. Temos financiamento de mais de 145 mil contos para o desenvolvimento da cadeia de valor da pesca. As energias renováveis, energias fotovoltaicas, eólicas, das marés e para redução dos impactos energéticos também estão em cima da mesa como várias linhas de financiamento ao qual Cabo Verde terá acesso”, disse.