Pergunta surgiu na sequência de uma intervenção do Deputado do MpD sobre a gestão do Fundo do Ambiente, com Emanuel Barbosa a acusar Moisés Borges de ser “irresponsável”. Borges é também acusado de ameaçar fisicamente vários políticos
Emanuel Barbosa introduziu o assunto que inquietou o PAICV, tendo associado vários nomes de destacados dirigentes do Partido agora na Oposição.
O antigo ministro do Ambiente, Antero Veiga, os deputados João do Carmo (São Vicente), José Gomes Veiga (Assomada), Fernando Frederico (Maio), e o ex- Deputado Euclides de Pina (Praia), todos do PAICV, segundo Emanuel Barbosa “se encontram arrolados” no processo do Fundão, que está a ser investigado pela PGR.
Segundo Barbosa, Moisés Borges é o “cabeça de cartaz” do caso. Mais adiante, Emanuel Barbosa questionava o paradeiro de cerca de 188 mil contos, sustentando que Moisés Borges deve justificar para onde esse dinheiro foi. De seguida acusou o atual Deputado e ex- DG do Ambiente de ser “irresponsável” na gestão de fundos públicos.
Na sua intervenção, Emanuel Barbosa acusou ainda Moisés Borges de dispor dos recursos do Fundo “como se fossem próprios ou do seu Partido”. Barbosa recordou as distribuições feitas a “associações camaradas e a familiares sob critérios no mínimo duvidosos”.
Sobre as contas, Barbosa referiu que “ou não eram apresentadas ou o eram com graves irregularidades”, para de seguida admitir que o Fundão terá sido “uma rede destinada a financiar, ilicitamente, o PAICV com o fito de criar vantagem e domínio para a perpetuação no poder”.
Reações
A bancada do PAICV, Oposição, reagiu às posições, evocando o 114. João Baptista Pereira que falou em nome do Grupo Parlamentar advogou ser “descabido e despropositado” as declarações de Emanuel Barbosa, ao passo que Moisés Borges acusou Barbosa de “descarregar frustração” trazida do tempo da governação do PAICV.
Mais adiante, Borges alegou existir “grande pressão” sobre a justiça no caso Fundão, posição também sustentada por Pereira que estranhou as declarações quando o assunto está sob segredo de justiça.
Ameaças
Entretanto, à margem destas declarações, sabe OPAÍS que no âmbito do Fundo do Ambiente que já teve investigações à residência de Moisés Borges, num passado recente, o mesmo vem fazendo ameaças físicas a vários políticos, sobretudo a colegas Deputados. O último caso terá ocorrido ontem, terça-feira.
