ENSINO MORAL CATÓLICA: FECAP é contra

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A Federação Cabo-verdiana dos Professores, FECAP, está inquieta com a possibilidade da introdução do ensino da moral católica nos estabelecimentos de ensino

Sendo Cabo Verde um Estado laico o ensino da moral Católica poderá trazer mais complicações do que benefícios.

Esta é a posição revelada esta segunda-feira, 23, pelo Presidente da Federação Cabo-verdiana de Professores. João Cardoso sustenta a sua posição na laicidade do Estado. “Isto poderá trazer uma certa complicação para Cabo Verde, gerando conflitos religiosos, como acontece na nossa costa Africana”, comentou.

Na sua perspetiva a introdução da disciplina de moral não trará solução para que as pessoas sejam mais crentes, e nem mais bem comportadas. “Pensamos que isto não irá resolver o problema que nós temos, nomeadamente, a questão da delinquência, do abandono escolar, pois, pensamos que a religião deveria estar mais junto da família, e não propriamente um trabalho dos professores”.

No seu entender aspetos como moral, cívico e cidadania devem constar na educação e não o ensino religioso.

A implementação da disciplina de educação moral e religiosa, está a ser trabalhada há anos, como referiu semana passada ao OPAÍS o Padre João Augusto Martins. A este propósito o Presidente do SINPROF diz que nunca tiveram conhecimento do assunto.

Segundo o Vigário Geral da Diocese de Cabo Verde as duas dioceses nacionais estão em diálogo com o Governo para a implementação da disciplina da Educação Moral e Religiosa nas escolas públicas. As projeções apontam para a sua implementação no ano letivo 2019/2020.