ERIS explica que preço máximo dos testes PCR fica aquém do praticado noutros países

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Clarificação da entidade reguladora surge na sequência da fixação, esta semana, do preço que tem originado várias críticas

A Entidade Reguladora Independente para a Saúde, ERIS, esclareceu ontem que o preço máximo fixado de 14 mil Escudos, para realização de teste PCR, para as viagens internacionais, fica aquém do praticado noutros países.

A clarificação do Presidente da ERIS, Eduardo Tavares, surge na sequência da fixação, esta semana, por aquela instituição, do preço que tem originado várias críticas, sobretudo nas redes sociais mas aquele responsável observou que o referido teste pertence à categoria Ouro, de acordo com a classificação da OMS.

“O teste adotado por Cabo Verde pertence ao padrão Ouro da OMS, que faz a pesquisa de três Ns para identificação do vírus, que é diferente do teste feito em Portugal onde apenas é identificado um vírus, e que não é padrão Ouro da OMS, daí a diferença dos preços”, esclareceu.

Em Portugal, precisou, a maioria dos testes realizados têm o custo em torno de 110 Euros, cerca de 12 mil Escudos, “mas se formos fazer uma equiparação em termos de testes realizado pelo Instituto Nacional da Saúde Pública Ricardo Jorge, em Portugal, para um teste equiparável ao realizado em Cabo Verde, o preço cobrado pela Instituto é de 254 Euros, praticamente 28 mil Escudos”, vincou.

Ou seja, para afixação do valor máximo, a ERIS teve em conta outras realidades tendo em conta o custo real de produção de um teste PCR para diagnóstico da Covid-19.

“Só os reagentes para realização de teste custam 11.500 Escudos, e todos os outros custos, como infraestruturas, energia elétrica, água, manutenção de equipamentos e mão-de-obra especializada devem caber dentro do remanescente 2.500 Escudos”, explicou.

A ERIS está, neste momento, a ultimar uma deliberação que estabelece os requisitos que deverão ser observados pelos Laboratórios e Clínicas privadas na realização de testes PCR.

De realçar que o valor de 1.000 Escudos que cidadãos antes pagavam nas Delegacias de Saúde não era para custear o teste PCR nem teste rápido, mas sim para a Declaração Sanitária, conforme esclareceu o Presidente da ERIS.