Escândalo da (suposta) primeira-dama. (Algumas) Verdades que precisam de clarificação

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Quantos salários acumula a Débora Katisa Carvalho? Onde mora mesmo a dama do Chefe de Estado? Questões que carecem de respostas convincentes

O País continua mergulhado num profundo escândalo, com epicentro no Palácio da Presidência, com o Chefe de Estado a habitar uma casa, “sua” primeira-dama a morar noutra, em zonas diferentes. Se se confirmar este facto não podemos nem falar de unidos de facto nos termos da lei Cabo-verdiana. Temos sim uma namorada do PR transvertida de primeira-dama. Que grande confusão e Cabo Verde a pagar uma senhora, chorudo salário, para ser “amor” do PR.

O caso que OPAÍS.cv pôs na ordem do dia, ao fazer a sua denúncia pública, está a ganhar proporções. Embora alguns mídias – públicos sobretudo – tentam ignorar o caso, há factos muito relevantes e que não podem ser ignorados.

É certo que o Tribunal de Contas e a Inspeção Geral das Finanças estão no terreno a cumprir o seu papel, há uma questão, para já, muito relevante e que é oportuna trazer à liça: o que é feito da Procuradoria Geral da República que até agora, que se saiba, nada disse sobre este tema.

Mas há outras questões relevantes e que precisam de resposta.

O nosso Chefe de Estado é mesmo casado? Quando foi e com quem de facto se casou?

É público que o Chefe de Estado habita uma casa, a “sua” primeira-dama mora noutra, em zonas diferentes, pelo que não se compreende este título de primeira-dama. Ou será mesmo “putativa”?

Mais. Fora o chorudo salário de 310.606$00 que o PR paga ao seu “amor”, para ser primeira-dama, mais quantos salários acumula a Sr.ª Débora Katisa Carvalho lá na Presidência? É mister estas respostas.

O que vem a ser a Fundação “Dretu”? O que faz? Quem a financia? Será que a Fundação “Dretu” chefiada pela Sr.ª Débora utiliza os meios da Presidência da República nas suas tarefas quotidianas? Igualmente questões que carecem de respostas.

Cabo Verde não pode ficar com sua reputação manchada por ganância de uma única pessoa.

OPAÍS.cv



6 COMENTÁRIOS

  1. Sou obrigado a acompanhar a preocupação de OPAIS. SE HÁ UM ELEMENTO QUE NOS UNE, ou que devia nos unir – É NO CAMPO DOS VALORES…do PROGRESSO, DA LIBERDADE E DA DEMOCRACIA. Uma narrativa que colide com esses valores podem mudar a percepção das coisas. Por isso é bom que se esclareça as coisas cinzentas DESSE PROCESSO, ainda mais quando tem origem no campo de quem tem OBRIGAÇÃO DE CUIDAR DA NOSSA DEMOCRACIA, que podem conspurcar a nossa CONSTITUIÇÃO.

  2. Infelizmente, a PGR (não própriamente este PGR), ainda em dívidas para com Cabo Verde e cabo-verdianos. Quando, em 2006, no dia das eleições, JMN afirmou que partidos da Oposição movimentaram largas somas de dinheiro do narcotráfico, e a PGR nada fez para apurar seja a denúncia e eventualmente punir os partidos e pedir a sua extinção, seja para também avaliar se a conduta criminosa de JMN, hoje, é legítimo aos cabo-verdianos “creditar” a omissão e a inacção ou mesmo a prevaricação da PGR o facto de Cabo Verde ter de aturar esta personagem no topo da hierarquia do Estado, quando, seguramente, deveria estar a trás das grades.

  3. O mais importante é o acto do PR criar uma função, sem estatuto próprio, sem legislação própria.
    Ninguém quer saber se é casado, amiga, putativa, concubina, teuda, etc.
    Isto não é da conta dos Caboverdianos.
    O que interessa é a ilegalidade infringida pelo mais alto cargo da nação.
    Criar uma função, inventar um salário, tudo sem qualquer base legal.
    E se fosse num país nórdico???

    Não há consequências para roubos deste tipo? Que país é esse????
    Peça demissão José Maria, faça um grande favor os contribuintes e cidadãos deste país.
    Não merecemos ser representados por gente do tipo .

  4. Para complementar o que escreveu José Mário Craveirinhos, na mesma altura na Guiné Bissau, o primeiro ministro fez uma acusação semelhante e o Procurador Geral da República da Guiné Bissau notificou o primeiro-ministro para declarar tudo o que sabia sobre o tráfico de drogas. Ele foi apresentou as provas que tinha. Sucederam se prisões e ajustes de contas na Guiné. Todos devem estar lembrados.

  5. Finalmente os cabo-verdianos estão dando conta de quem é verdadeiramente JMN que durante muitos anos na chefia do Governo e do seu próprio partido fez e o que quiz com cargos públicos, e partidários para satisfazer os seus descontrolados apetites sexuais. Desde cargos no Governo como na administração pública, passando por cargos partidários, JMN montou uma rede de cicerones que o ajudava a angariar mulheres que o atraíam para colocar em postos cobiçados com intenção de as aproveitar sexualmente. Se se investigar com profundidade alguns actos de corrupção ocorridos no seu tempo de Governo, percebe-se que na sua maioria envolvem jovens que estiveram com ele no Gabinete e que eram também utilizados em golpes partidários, como aconteceu com as eleições presidenciais de 2011 ou eleições internas de 2014 que, para barrar Felisberto Vieira e favorecer JHA, avultados recursos públicos, através de várias instituições, foram ilegal e descaradamente colocados à disposição dessa candidatura.
    JMN não tem tamanho ético ou moral para ser PR.

  6. Sr Silvino, como pode ver, com o JMN, Cabo Verde só regride. Agora surgem novas denúncias de ameaças do PR ao cidadão Maika Lobo. Antes. Alguns anos atrás ele havia feito as mesmas ameaças ao cidadão jornalista e e militante do paicv Manuel Delegado, hoje falecido. JMN é funcionário público, e no exercício dessas funções não pode estar a ameaçar quem, com o imposto, paga o seu salário. A PGR deverá, tem a obrigação mandar averiguar possíveis crimes nessas ameaças, quanto mais não seja, por terem sido preferidas publicamente.

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