Encontro de três dias reúne na Capital Cabo-verdiana cerca de 200 participantes, em representação de 50 países, entre eles, decisores, profissionais, cientistas e especialistas
O Primeiro-Ministro disse esta quarta-feira, 20, na abertura do primeiro Fórum Internacional sobre a Escassez de Água na Agricultura, que decorre na Assembleia Nacional, que Cabo Verde sofre as consequências das mudanças climáticas, mesmo sem ter contribuído para a tal.
“Somos recetores de crises e não contribuímos para essas crises”, observou no decurso da sua comunicação, esta manhã.
UCS disse também que o Arquipélago pertence ao conjunto de países do mundo profundamente afetado pela escassez de água, e que a “insularidade agrava ainda mais esta situação”, devido aos custos dos recursos. Esse é um problema que nasceu com Cabo Verde, e as mudanças climáticas, conforme avança o Chefe do Executivo, vieram agravar os efeitos que são mais fortes em países insulares em desenvolvimento como Cabo Verde.
O nosso País, elencou, sofreu uma seca em 2014, no mesmo ano o Vulcão do Fogo entrou em erupção, as ilhas foram afetadas por um furacão em 2015, cheias torrenciais em 2016 e em 2017 uma seca severa, que se mantém.
O primeiro Fórum Internacional sobre a Escassez de Água na Agricultura, que começou hoje na Cidade da Praia, termina na próxima sexta-feira, precisamente no Dia Mundial da Água.
Entretanto, o Diretor do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, FIDA, Lisandro Martin, apelou durante a sua alocução na abertura do evento para a necessidade urgente de uma intervenção contra a escassez de água, referindo que, “se nada for feito”, em 2025 haverá, pelo menos, 3,5 mil milhões de pessoas afetadas, sendo certo que a maior parte dos países africanos está exposta à escassez da água.
Este encontro internacional é promovido pelo Governo de Cabo Verde, em parceria com o Governo de Itália e a FAO, e decorre sob o lema “Não deixar ninguém para Trás”.
Identificar soluções e práticas, inovadoras e sinergéticas para lidar com a escassez de água na agricultura é o objetivo central deste encontro de três dias.
Cerca de 200 participantes, em representação de 50 países, entre eles, decisores, profissionais, cientistas e especialistas tomam parte na iniciativa.