Espanha vai a votos amanhã

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Alertas contra a ascensão do populismo e de risco de dissolução do País, acusações de traição e dramatização máxima marcaram o fecho da campanha para as eleições legislativas de amanhã, domingo, em Espanha

O líder do PSOE e atual Presidente do Governo, Pedro Sanchez, falou ao coração dos muitos indecisos e alertou para os riscos de ficar em casa no dia das eleições.

“Ninguém dava a Donald Trump qualquer chance de ser Presidente dos Estados Unidos e ele é. Ninguém pensava que Jair Bolsonaro chegaria a Presidente e ele chegou”, declarou Pedro Sanchez num comício em Vallecas, um subúrbio de classe operária de Madrid.

O líder do PSOE, que lidera as sondagens sem maioria, adverte para os riscos do populismo e fez um derradeiro apelo ao voto.

“Estamos muito perto de ter a Espanha que queremos e por isso precisamos de todos os votos porque o tempo é de avançar e não de recuar. Vivemos numa democracia parlamentar e ganhar não significa governar. Portanto, governar é ganhar”, frisou.

O líder do Partido Popular, PP, de direita, disse perante os seus apoiantes que é o melhor candidato para afastar os socialistas do poder.

“No domingo temos as eleições mais transcendentais da história da democracia”, disse Pablo Casado, observando estar em jogo a “própria existência” da nação, a sua unidade de cinco séculos, a harmonia constitucional e o futuro dos filhos.

Já o líder do partido Ciudadanos, de centro-direita, Albert Rivera, também apontou baterias ao PSOE e pediu um voto de confiança para chegar ao poder.

“Nós nascemos para derrubar Sanchez e pessoas como ele e nós nascemos para governar Espanha”, afirmou num comício em Valência.