Jorge Carlos Fonseca avisa que a situação do País é séria e grave pelo que merece um esforço de todos
O Presidente da República reuniu hoje com o Governo, e o Presidente da Assembleia Nacional, para os auscultar sobre o alargamento ou não do estado de emergência no País, face à pandemia do Covid-19, que já infetou 10 pessoas em Cabo-Verde e fez uma morte.
O PR, em declarações à Imprensa, ao início da tarde, disse que o País vive uma situação grave e séria que merece um esforço de todos os Cabo-verdianos “para podermos continuar a cumprir as medidas das autoridades”.
O confinamento é a melhor solução por enquanto no País, para evitar a propagação do vírus. “Deve-se ficar em casa, não desobedecer ilegitimamente a ordem das autoridades”, elucidou JCF.
Durante a sua explanação, o Presidente deixou a entender que irá decidir pelo alargamento do estado de emergência, o que poderá ser feito na quinta ou o mais tardar na sexta-feira.
O PR explicou ainda que a situação de São Vicente preocupa a todos, já que até ao momento não se conhece o paciente zero da ilha, que terá infetado a cidadã Chinesa já que, segundo as autoridades sanitárias, a mesma não tem histórico de viagens nos últimos tempos. No entanto, ainda faltam alguns dias para isso, e durante esse tempo o Chefe de Estado irá continuar a auscultar os parceiros.
JCF, que já falou também com o Bispo de Mindelo, Autarcas, especialistas nacionais e internacionais, sobre essa matéria, disse que vem reunindo opiniões de todos, incluindo dos cidadãos comuns, para na data certa, ter uma decisão.
Projeções dos dados sobre Covid-19
O PR acrescentou ainda que depois de esclarecido sobre os dados ficou “satisfeito, e mais tranquilo”, já que a primeira impressão ficou “alarmado”, porque os números pareciam altíssimos.
De acordo com JCF depois de receber as devidas explicações pôde perceber que se tratava de projeções, de que no caso nada tivesse sido feito o País teria esses números “alarmantes” de infetados e mortos.
“Percebi que os números que pareciam altíssimos se tratavam de projeções feitas para uma espécie de simulação de, no caso não haver nenhuma medida de atuação, nem de emergência, nem de contingência, nem e calamidade, isto é se não tivesse sido tomado medidas onde nós estaríamos”, explicou, sublinhando que este estudo serve principalmente para quem está a gerir a doença.
No entanto, para o Chefe do Estado sobre as interpretações do referido estudo, “eventualmente” terá havido algum problema na “interpretação pública, ou incorreção ou falha”, mas disse que pessoalmente saiu “satisfeito”.
Apelou, novamente, aos Cabo-verdianos a estarem atentos e cautelosos porque a “situação é séria, é grave e não se deve brincar com coisas sérias”. Pelo que já foi feito até agora, prossegue o PR, “não nos deve levar a ficar alarmados e a perder o sono”, mas cientes de que o País encontra-se no estado de emergência.
Acho uma excelente medida, mas em relação a nós, que não estamos nas ilhas de origem, principalmente na ilha da Boavista e do sal, onde o aluguer de casas é estremamente cara e estamos desempregados… Será que o governo não pode tentar tomar uma medida face a isso. Sim porque para mantermos seguros de quarentena também precisamos estar estáveis. É desempregados com despesas altíssimas mensais, fica extremamente difícil para todos nós.
Tudo quanto seja necessário e necessário para circunscrever a ação do coronavirus deverá ser feito. Nosso sistema nacional de saúde não comporta ingresso de dezenas ou centenas de doentes por dia. Mas como é bom ver que o Sr PR está alinhado com o Governo, enquanto os Paicvs ‘tocam a solo e a tolo’ neste assunto. Diz uma coisa e contradiz o seu próprio discurso no ‘Santiago Magazine’, ‘Nação’ e ‘Semana’. Cada um representa uma tribo. Ou seja, neste momento há um Paicv, que fala pelo Pedro Pires no Semana, um Paicv no Santiago Magazine, da Janira e um Paicv no Nação de JMN.
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