Estratégia de redução e erradicação da pobreza assenta na abordagem articulada de várias políticas

Sublinhado é do Primeiro-Ministro e ocorreu em Genebra no quadro da sua intervenção na Cimeira da OIT

Na sua comunicação, o Chefe do Governo sublinhou que Cabo Verde partilha da abordagem da Organização Internacional do Trabalho, OIT, quanto à necessidade de uma “forte agenda mundial orientada para a justiça social”.

Ulisses Correia e Silva pontuou que o nosso País tem tido um percurso positivo no combate à pobreza e às desigualdades, reduzindo a pobreza extrema de 28,2%, em 2015 para 14,6%, em 2022, tendo a cobertura da proteção social atingido 51,4% da população.

“Elevamos a ambição centrando no objetivo de, até 2026, erradicar a pobreza extrema e reduzir de forma significativa a pobreza absoluta”, vincou o PM, observndo que a estratégia de redução da pobreza absoluta e erradicação da pobreza extrema “assenta numa abordagem integrada e articulada de políticas de crescimento económico sustentável, políticas ativas de emprego, de inclusão e proteção social, de igualdade e equidade de género e políticas de coesão territorial”.

O Chefe do Governo defende uma abordagem assente não no assistencialismo, mas no empoderamento económico e social das famílias em situação de pobreza para serem autónomas e progredirem na vida, sendo que para tal, também implementou uma política de crescimento económico sustentável e criou o Cadastro Social Único, políticas com as quais as autoridades Cabo-verdianas pretende “reduzir a pobreza absoluta e erradicar a pobreza extrema em 2026 e assim contribuir para uma maior justiça social”.

UCS advogou que a cooperação para o desenvolvimento e as condições de financiamento aos países menos desenvolvidos são fundamentais para, em conjunto com os esforços nacionais, impulsionar transformações para uma maior justiça social para todos.

Para UCS, Cabo Verde tem uma estratégia de redução da pobreza absoluta e erradicação da pobreza extrema, porque o Arquipélago partilha a abordagem da OIT quanto à necessidade de uma forte agenda mundial orientada para a Justiça Social.

No seu entender, os “elevados” níveis de pobreza e de desigualdades e a falta de perspetivas de futuro para milhões de crianças e jovens são ameaças reais globais que potenciam a instabilidade, as migrações, o populismo e o extremismo, defendendo que respostas a estas questões “exigem uma agenda mundial focada na justiça social”, mas também um “forte compromisso” de cada País para atuar sobre as variáveis internas que condicionam a justiça social.

A Cimeira da OIT em Genebra reuniu líderes mundiais, com intervenções do Secretário Geral da ONU, António Guterres, do Diretor Geral da OIT, Gilbert Houngbo, e de altos representantes de organizações de empregadores e trabalhadores.