Pelo menos 44 pessoas morreram no fim-de-semana, no oeste da Etiópia, devido à violência entre comunidades, anunciou hoje um órgão de comunicação local próximo do poder
Os confrontos ocorreram na fronteira entre as regiões Oromia e Benishangul-Gumuz, indicou a Walta Media e Comunicação Corporativa, WMCC.
Segundo o responsável da comunicação de Benishangul-Gumuz, citado pela WMCC, a violência irrompeu após a morte de quatro líderes locais, mortos por homens armados não identificados, em Oromia, onde estavam para discutir a situação de segurança.
De acordo com uma testemunha da agência noticiosa France-Presse, estes elementos opuseram-se a grupos de jovens armados com pedras ou facas, pertencentes aos grupos étnicos Gumuz e Oromo.
Dezenas de milhares de pessoas foram forçadas a fugir da zona e as forças de segurança federais tiveram que intervir, segundo duas administrações regionais.
A área em causa é contestada há vários anos por ambas as regiões.
Benishangul Gumuz está localizado no oeste da Etiópia e faz fronteira com o Sudão, enquanto Oromia alarga-se de oeste para sul, passando pelo centro do País.
A violência intercomunitária, na sua maioria territorial, marcou os primeiros meses do mandato do Primeiro-Ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, que assumiu o poder em abril de 2018, tendo provocado a deslocação de um milhão de pessoas.
