Tribunal Sul-africano recusou hoje o arquivamento das queixas contra Jacob Zuma
Jacob Zuma vai mesmo ao julgamento, por crimes de corrupção, após um tribunal Sul-africano ter hoje recusado unanimemente o arquivamento das queixas contra ele. Com esta decisão, o processo do antigo Presidente Sul-africano vai começar na próxima terça-feira.
Quando Jacob Zuma encontrava-se no poder entre 2009 e 2018 pediu o abandono da acusação, admitindo ser vítima de uma “caça às bruxas” lançada há cerca de 20 anos num rocambolesco caso de venda de armas.
De acordo com o juiz Seriti o pedido do Ministério Público foi aceite, e, o tribunal Sul-africano defende manutenção do processo em nome da igualdade perante a lei, tendo conta o “pesado” caso contra o ex-Presidente.
O Ex-chefe de estado envolveu em vários escândalos, entre eles, suspeito de ter recebido quatro milhões de rands, cerca de 260 mil euros em valores atuais, de suborno por parte do grupo de defesa Thales por favorecer um contrato de armamento de cerca de quatro mil milhões de euros, fechado em 1999.
“Ele terá sido pago para evitar à Thales as acusações por corrupção, através do seu amigo e conselheiro financeiro Schabir Shaik, condenado pela sua participação neste caso a 15 anos de prisão desde 2005,” profere na acusação.
O Presidente Zuma demitiu-se em 2018, tendo sido substituído pelo vice-Presidente, Cyril Ramaphosa, que prometeu limpar o seu partido e o País da corrupção.