Exceptio veritatis – O ataque à Imprensa livre e aos Órgãos Privados, supostamente o elo mais fraco

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Estranhamente, num período recorde de um mês e nove dias, Silvino da Luz consegue fazer instruir e levar à audiência em Tribunal o jornal OPAIS.cv.

Afinal não há morosidade da Justiça em Cabo Verde!

Em 48 anos de independência nacional nunca se viu nada assim, em nenhuma Comarca deste País. Seria bom que este “magnífico” exemplo de aceleração processual, à velocidade supersónica, fosse também aplicado nos outros processos judiciais pendentes!

O nosso Jornal encontra-se a responder num processo judicial movido pelo cidadão, figura pública e homem forte do antigo regime ditatorial do PAIGC/CV, Silvino da Luz.

A razão de fundo tem a ver com uma publicação, neste jornal, que dá conta desse cidadão como o 3.º maior acionista do banco BAI.

Mais uma vez, estranhamente, no processo, esse antigo Ministro da ditadura paicevista reconhece que o assunto foi espoletado por um outro cidadão nas redes sociais, foi debatido no Parlamento, bem como noticiado no órgão público de Televisão. Contudo, a única entidade perseguida nos tribunais é o OPAIS.cv, que o queixoso acusa de “motivações políticas”, não se percebendo, entretanto, quais as motivações para não perseguir, igualmente, os outros!

OPAIS.cv confia na Justiça e no seu representante legal, no caso em litígio, pelo que aguarda serenamente e com toda a confiança o desfecho do processo, esperando, nos termos da lei, que a verdade prevaleça, num caso com sinais de alguma tentação de perseguição à liberdade de Imprensa em Cabo Verde.

Entretanto, não deixamos de estranhar o silêncio das mesmas instituições que noutras ocasiões, de supostas perseguições à Imprensa livre, saíram em defesa de outros Órgãos, incluindo Privados.

A Administração



1 COMENTÁRIO

  1. Esperar algum tipo de solidariedade, da parte dos “media” controlados pelo paicv, quando uma partes é um graúdo da ditadura, é não reconhecer que o paicv, de facto, manda na Ajoc, no sindicato dos jornalistas e, em parte, até nas pessoas que estão à da autoridade que controla a comunicação social. Vejamos quem são os jornalistas na Inforpress, Semana, Santiago Magazine, Nação, Rádio Comercial, RCV, TCV, Tiver? O domínio é de tal sorte que há jornalistas que fazem “perguntas” aos seus convidados em que eles mesmos a responder na RCV.Todos “vermelhos”, e não são benfiquistas nem índios dos Travadores. Isto nunca que iria acontecer. É como ter um líder de uma gang de traficantes a dirigir uma clínica de recuperação de toxicodependentes. Há, por aí, um brajeiro que afirmou que entre a liberdade de informar e a desobediência qualificada, ele prefere a desobediência e, por isso, instou os jornalistas a desobedecer ao MP. De repente, ainda a pensar nas passarelas de Boston, o brajeiro ainda não se acordou. Neste caso, eu acho que a queixa não deve prosperar, por duas razões: a. o Silvino da Luz confirmou tudo; b. teve direito à resposta. Eventualmente, ele contava que não teria o direito, e, por isso antecipou a queixa.

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