FABRÍCIO DUARTE: Árbitros em Cabo Verde não são valorizados

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“Em Cabo Verde em todo o momento fala-se em jogadores, mas em nenhuma ocasião ouve-se a dizer árbitros. E nós saímos mais vezes para jogos internacionais do que os jogadores”

O árbitro internacional Cabo-verdiano, Fabrício Duarte, numa entrevista ao OPAÍS avaliza que no País os árbitros não são valorizados. Para justificar a sua afirmação, o melhor árbitro do ano de 2018, na VI Gala do Desporto Cabo-verdiano, diz que o desrespeito, falta de apoio e incentivos, são algumas das lacunas existentes.

“Existe muitas dificuldades e ainda há muito trabalho a ser feito”, enfatiza.

Fabrício Duarte vai ainda mais longe, apelando “às direções e a quem é de direito” que crie mais condições aos árbitros, sustentando que os juízes representam o País lá fora mais vezes que os próprios jogadores.

“Em Cabo Verde em todo o momento fala-se em jogadores, mas em nenhuma ocasião ouve-se a dizer árbitros. E nós saímos mais vezes para jogos internacionais do que os jogadores”.

Muitas vezes requisitado para os jogos oficiais da CAF, este juiz, com cerca de 30 internacionalizações, só no ano passado ajuizou 8 jogos.

De realçar que Fabrício Duarte foi novamente convocado pela CAF para arbitrar a segunda mão do jogo entre Assante Kotoko (Gana) e Cotonsport (Camarões) referente aos 16º de final, da taça das confederações.