FAO financia projeto de mobilização de água em Santa Catarina de Santiago

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Hoje será apresentado um projeto para a Ribeira de Charco e na próxima semana será para a localidade de João Dias

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, FAO, vai financiar o projeto de mobilização de água para duas localidades do Município de Santa Catarina,na Ilha de Santiago, nomeadamente em Ribeira de Charco e João Dias.

De acordo com a Edilidade Santacatarinense, esta manhã será apresentado o projeto para Ribeira de Charco e na próxima semana para a localidade de João Dias.

O projeto, acrescenta uma nota remetida ao OPAÍS.cv, em fase de consulta e elaboração, deverá ter uma visão integrada e perspetivar, por um lado, o aumento da capacidade de armazenamento de água e sua gestão e, por outro, o desenvolvimento do setor florestal, através da exploração dos produtos e serviços do ecossistema, sempre numa abordagem holística da gestão das bacias hidrográficas.

De realçar que na elaboração do projeto, por exigência da FAO, é obrigatória a auscultação dos diferentes intervenientes das zonas de atuação, com registos fotográficos dos encontros e apresentação de dados reais das zonas de intervenção.

Recorde-se que a FAO anunciou no início deste ano que iria financiar Cabo Verde em dois projetos de mobilização de água para agricultura, num valor de mais de mais de meio milhão de Euros, direcionados para 120 famílias afetadas pela escassez de água, decorrente de três anos consecutivos de seca.

O primeiro projeto, que se denomina “Gestão da Água para uma Agricultura Resiliente e Sustentável e em Resposta à Covid-19”, tem a duração de dois anos, beneficiando 80 famílias, num universo de 344 pessoas, e um investimento de 455 mil Dólares.

O segundo, aposta na utilização segura das águas residuais na agricultura e na silvicultura, tem a duração de um ano e prevê alcançar 40 famílias das Ilhas de Santiago e São Vicente, num universo de 160 pessoas, e um orçamento de 163 mil Dólares, visando melhorar os sistemas de irrigação, utilizando águas residuais para garantir a subsistência no meio rural.