FINANCIAMENTO À ECONOMIA: Governo assina protocolo com banca e Autarquias

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Pacto foi ontem rubricado na Cidade da Praia, entre Governo, bancos comerciais e ANMCV. Vice Primeiro-Ministro não quer dinheiro a “dormir nos bancos”, mas sim a circular e a criar empregos

O Governo assinou ontem, 26, um Pacto de Financiamento à Economia com os bancos que operam no País e com os Municípios. O Pacto visa estabelecer os termos de colaboração com vista a estimular e orientar os investimentos a realizar pelas Micro e Pequenas e Medias Empresas, com o objetivo de assegurar a máxima eficácia do ecossistema de financiamento à economia, mediante o estabelecimento de uma comunicação constante entre as partes, nomeadamente, Governo, Autarquias, Banca e Setor Privado.

No ato da assinatura do documento, o Presidente da Associação dos Municípios de Cabo Verde, Manuel de Pina, sublinhou tratar-se de um protocolo que vem mostrar e garantir uma proximidade entre os governos central e locais.

O também Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago, observa que o Governo da República está a fazer o seu trabalho e as Autarquias têm feito o seu. “Assim como o Governo, os Municípios têm como foco o desenvolvimento empresarial para promover a economia local”, disse.

Manuel de Pina indicou que o Governo pode contar sempre com os Municípios, pois quaisquer investimentos a serem feitos são nos Municípios e para o bem nacional.
O representante dos Bancos comerciais, por seu turno, destacou que este Pacto irá beneficiar a todas as partes, já que levar os Municípios até às bancas trará mais investimentos, uma vez que os Municípios estão mais próximos dos empresários por forma a criar condições dos mesmos investirem. Francisco Costa sublinhou que a banca, desde o primeiro momento, abraçou o projeto, porque tem “toda a lógica” já que levará mais créditos às mesmas.

Este protocolo visa criar, a nível local, um ambiente favorável ao empreendimento empresarial e facilitar o acesso ao financiamento, promover o crescimento e a competitividade, de forma a garantir a sustentabilidade do ecossistema, reforçando o bom funcionamento das cadeias de valor de que são integrantes os Municípios.

O Ministro das Finanças que presidiu o ato, garantiu que a linha de crédito no valor de 5 milhões de contos, é um trabalho que o Governo tem feito para que as empresas tenham maior clima de negócios. Esta é uma forma criada para combater a burocracia existentes, por forma a criar como supraescrita o “melhor ambiente de negócios”, enfatizou.

Conforme elucida Olavo Correia, o Estado tem de mudar a forma de estar, ao invés de estar a dar, ser um Estado criador de oportunidades para que as empresas possam promover investimentos.

O vice Primeiro-Ministro não quer ver dinheiro a “dormir nos bancos”, mas sim a circular e a criar empregos.

Refira-se que o Governo criou um fundo soberano com 90 milhões de contos, por forma a “criar estrutura brilhante para o sucesso do negócio”.

De frisar ainda que o Governo estipulou, desde a primeira hora, a proximidade entre os poderes central e locais, como um dos motores do desenvolvimento de Cabo Verde.