A China está a conceder enormes empréstimos que se destinam a projetos em vários países. FMI já veio alertar para os riscos de derrapagem financeira
Os bancos de desenvolvimento estatais e outras instituições da China estão a conceder enormes empréstimos para projetos lançados no âmbito daquele programa, que inclui a construção de portos, aeroportos, autoestradas ou redes ferroviárias.
Entretanto, a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, FMI, Christine Lagarde, já veio alertar esta quinta-feira, 12, para os riscos de derrapagem financeira e para a armadilha que pode constituir o endividamento nos países abrangidos pela “nova rota da seda”, o projeto internacional de infraestruturas lançado pela China.
O gigantesco plano de infraestruturas está avaliado em 900 mil milhões de dólares (cerca de 728 mil milhões de euros) e inclui cerca de 70 países, visando reativar as antigas vias comerciais entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e sudeste Asiático.
A DG do FMI admitiu que o que considera ser a “nova rota da seda” pode atender às necessidades urgentes de infraestrutura dos países abrangidos mas considerou que estas linhas de financiamento “podem, no entanto, levar a um aumento problemático do endividamento”.
“Nos países onde a dívida pública é alta, uma gestão cuidadosa dos termos financeiros é crucial”, disse em jeito de alerta.
Com agências.
