Fitch Ratings prevê crescimento de Cabo Verde em 8,5% para o ano

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No entanto, este ano a dívida pública deverá atingir os 157,1%, um recuo de 14%. Prevê-se também a recuperação do turismo só em 2021, “mas ligeiramente”

A agência de notação financeira Fitch Ratings disse hoje prever o crescimento de Cabo Verde em 8,5% para o ano, num relatório sobre a evolução das economias da África subsaariana nos últimos meses.

No relatório, que a Agência Lusa teve acesso, também diz que a economia Cabo-verdiana, deverá recuar 14%, a dívida pública subirá para 157,1%, e o turismo só em 2021 vai recuperar, e ligeiramente. Tudo isso, deve-se ao fato da pandemia provocada pela Covid-19 ter alterado o ritmo de crescimento de vários países, principalmente Cabo Verde que crescia à volta dos 6%.

A paralisação do turismo, um dos principais motores de crescimento do País, que contribui com 23% do PIB, tem grande responsabilidade para que o PIB caia 14% este ano, já que o setor poderá se recuperar só em 2021, mas de forma ligeira.

“Esperamos que o financiamento da dívida venha dos parceiros multilaterais e bilaterais, com o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial a darem 37,3 milhões de Dólares em abril”, acrescentam os analistas, notando que a dívida sobe “devido às medidas de estímulo do Governo e à forte contração nominal do PIB” e que, por isso, “será mais caro servir a dívida e haverá riscos de refinanciamento”. No entanto, o relatório diz que a dívida externa, ainda que elevada, “é mitigada por termos favoráveis, como a maturidade média nos 30,5 anos, taxas de juro baixas e com o apoio da indexação do Escudo ao Euro”.

Cabo Verde tem também um “desempenho melhor que a média dos países com rating de B e BB nos indicadores de governação, refletindo instituições fortes e transições políticas pacíficas”, a que se junta “uma forte estabilidade política e de governação que ajuda a atrair financiamento concessional”, isto é, abaixo das taxas de juro praticadas na banca comercial.



1 COMENTÁRIO

  1. Copo ‘meio cheio’ versus ‘copo meio vazio’. O Expresso das Ilhas diz em sua manchete deste domingo que o rácio da dívida publica pode chegar até 157,1%, segundo a avaliação da Fitch Ratings. Foi necessário percorrer vários parágrafos para descobrir que a mesma Fitch Ratings prevê também pro ano que vem uma taxa de crescimento de 8,5%, facto saudado pelo OPAÍS.CV que faz desta parte da notícia a sua manchete. Em termos análogos é como se perguntasse ao Scapa a sua opinião sobre o ambiente de negócios em Cabo Verde e a mesma pergunta ao Presidente da CMS de Barlavento (B. Lucas). O primeiro acentuaria o seu conhecido pessimismo, enquanto que o segundo, não negando dificuldades coloca tónica no otimismo. Ambos estão certos. Contudo, sabe-se que Humberto Cardoso não morre de amores por Ulisses Silva desde que este anunciou a renovação nas listas dos deputados para Assembleia Nacional em 2016. De um liberal quase convicto, Humberto agora deambula entre as teses da extrema esquerda, muito alinhado com as visões da esquerda caviar (chique) que é representada pelo BE e a esquerda semi-burra representada em Cabo Verde pelo semianalfabeto José Maria Neves. Em regra, muitos homens públicos começam as suas carreiras políticas, na juventude como revolucionários. Na sua fase madura, são comunistas e terminam suas carreiras como conservadores (na política) e liberais na Economia (Durão Barroso) é um exemplo. Os posicionamentos do HC expressos em editoriais, sobretudo, em matéria dos transportes são ‘copies and pastes’ de visões retrogradas do JMN. Sobre a problemática da habitação em Cabo Verde HC veio a demonstrar que abandonou seus princípios, a ponto de não rechaçar as teses malucas do Paicv.

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