FMI revê em alta previsão de crescimento de Cabo Verde em 2019

0

O Fundo Monetário Internacional, FMI, reviu hoje, em alta, a previsão de crescimento económico de Cabo Verde em 5,2% para 2019, e elogiou as reformas em curso

As previsões foram feitas, na cidade da Praia, por Kabediy Mbuyi Malangu, chefe de uma missão de avaliação do FMI a Cabo Verde, ao abrigo do Instrumento de Coordenação de Políticas, PCI.

Durante as duas semanas no País, a responsável fez uma avaliação positiva da implementação do programa de reformas por parte do Governo, indicando que todas as principais metas foram atingidas.

A única exceção foram as receitas fiscais, que segundo o FMI ficaram “aquém do desejado”, muito por culpa das importações, que aumentaram abaixo do previsto este ano.

Relativamente às perspetivas de crescimento económico para este ano, Kabediy Mbuyi disse que “são consolidadas”, prevendo que seja de 5,2%, uma revisão em alta, tendo em conta que num relatório apresentado em abril, a instituição estimou que Cabo Verde iria ter um crescimento de 5% no produto interno bruto em 2019.

O FMI sublinhou que o setor agrícola, apesar dos anos de seca, bem como o setor externo, contribuíram para que se tenha esse resultado. Nomeadamente no setor externo, o FMI, afirma que, o mesmo melhorou e que o resultado é uma boa acumulação de reservas internacionais.

Para o Vice Primeiro-Ministro, Olavo Correia, a avaliação do FMI é “muito positiva” e destacou o fato de a economia continuar a crescer.

“Antes, a previsão era de 5%, agora é de 5,2%. Essa tendência é importante porque aponta no sentido do aumento do crescimento da nossa economia. Mais do que a percentagem, é a tendência é que conta aqui, e é muito positiva para a nossa economia”, sublinhou o também Ministro das Finanças.

O Ministro destacou ainda o fato de a inflação continuar baixa, o bom quadro monetário e a solidez do sistema financeiro Cabo-verdiano.

Ainda o desafio do País consiste em continuar a aumentar as receitas domésticas para financiar o Orçamento do Estado, em alternativa ao endividamento e à ajuda pública. “A regra é simples, todos têm de pagar, para que cada um pague menos e as despesas do Estado devem ser financiadas prioritariamente com recurso às receitas endógenas”, sustentou, indicando que o Governo está a modernizar o sistema para ter melhor “justiça fiscal”.

Com Agência Lusa