Fogo é 3#0

Depois de cumprir uns dias de visita a ilha do Fogo e depois de ouvir os 3 debates não tenho dúvidas, o MpD vai ganhar as 3 câmaras e colocar toda a ilha numa plataforma de cooperação e complementaridade para cumprir a visão que o MpD tem para a ilha do Fogo.

Das visitas às localidades e dos contatos com as pessoas sentimos que, apesar do momento particularmente desafiante que o país e mundo atravessa, existe uma energia positiva na ilha. O trabalho efetuado em Santa Catarina e São Filipe, por Alberto Nunes e Jorge Nogueira, respetivamente, são o conforto de que a mudança efetuada em 2016 valeu a pena e servem de tônico para se efetivar a mudança que Mosteiros tanto precisa. Não me parece estar a exagerar se disser que em 4 anos se fez mais do que em todos os mandatos anteriores desde a instalação do poder local em Cabo Verde.

Estes quatro anos foram o da implementação de uma nova visão para o poder local, uma nova abordagem e uma nova forma de relacionamento com o poder central: a cacique partidarização da gestão pública é uma prática ultrapassada que foi descontinuada na quase totalidade do território nacional, à exceção dos Mosteiros onde práticas como pintar de amarelo obras públicas (mesmo quando financiadas pelo governo central) ainda se faz presente, num claro exercício de uma ultrapassada filosofia de que o “partido é estado”. A modernidade vai no sentido da separação do estado do partido, ao estado reserva o papel de moderador, facilitador, estimulador e regulador.

Temos de ter também o entendimento de que apesar de atuarmos a nível local a nossa visão e estratégias têm de ser globais, pois é a este nível que competimos.

Se quisermos que Fogo seja finalmente um polo de atração do turismo, temos de compreender o funcionamento da indústria, potenciar as nossas vantagens e pontos mais fortes, bem como inibir e reduzir as nossas fraquezas.

Agricultura, numa perspetiva industrializada, pode ser, naturalmente, um dos principais motores da economia da ilha pelo que deve potenciada a nível horizontal, mas também a nível vertical. Fogo pode ter pequenas unidades industriais voltada para o sector das frutas. Neste particular, o facto de termos já um sistema de transporte marítimo regular, com frequência adequada, com qualidade e segurança é um grande um grande passo para a efetivação desta visão.

Podíamos falar da Pesca, do Vulcão, da cultura enquanto ecossistema capital que articula todas as demais dimensões da ilha, podíamos, também, da Diáspora como ancora central da economia da ilha, enfim… a ilha do Fogo tem tudo ser um dos três polos económicos mais relevantes a nível nacional e deixar de ser uma ilha que perde população (como o foi nos últimos 40 anos), para passar a atrair população.

Para isso, é fundamental colocar a ilha numa plataforma suportada por uma visão moderna do desenvolvimento e que, numa lógica de complementaridade a nível da ilha, mas também nacional, vai trabalhar para consumar a implementação da visão do MpD para a ilha. Pelo que o nosso apelo vai no sentido da confirmação da mudança efetivada em 2016, colocando o Lourenço Lopes a acompanhar Jorge Nogueira e Alberto Nunes no leme da ilha.

Viva FOGO