Manuel de Pina, que deu a voz à crítica da Associação dos Municípios e classifica de “lamentável” o desfecho do processo, afirmando que a Procurador envolvido na investigação deveria pedir a sua demissão
O Presidente da Associação Nacional dos Municípios de Cabo Verde acusou hoje a Procuradoria Geral da República de ter prestado um mau serviço aos Cabo-verdianos, por deixar prescrever os crimes do Fundo do Ambiente.
De acordo com Manuel de Pina, é “lamentável” o desfecho do processo, em pauta, adiantando que o Procurador envolvido na investigação deveria pedir a sua demissão. “Lamentável, não se fez a justiça”, disse o também Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago, precisando que “deixar passar por cinco anos a prescrição de crimes comprovados” é lamentável, porque “eles (na Procuradoria) são pagos para trabalhar”.
Para um dos queixosos no caso do Fundo de Ambiente, conhecido também por ‘Fundão’, a PGR prestou um mau serviço ao dizer que não tem a prova da discriminação dos Municípios, adiantando que a PGR foi pedir prova ao arguido ao solicitar a então Direção do Ambiente os documentos que comprovavam tais acusações.
Manuel de Pina afirmou que não vai requerer ao Procurador-Geral que prossiga com as investigações porque “não há vontade da Justiça Cabo-verdiana em fazer justiça”. “Não vou porque estou com nojo”, precisou, adiantando que se houvesse vontade a investigação seria de outro tipo.
Falou e disse com todas as letras. Tribunais não estão comprindo cabalmente com as obrigações para os quais foram mandatados pelo povo e em nome do povo. Lamentavelmente é isto que assistimos todos os dias. Cinco anos não são cinco dias!?…
Os crimes de colarinhos brancos compemsam em Cabo Verde.
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