GÉNERO: Deputada Joana Rosa reconhece ganhos de mulher na esfera política

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Membro da Assembleia Parlamentar da Francofonia, APF, Joana Rosa reconhece que houve ganhos ao longo dos tempos no que se refere à participação da mulher na vida política, mas apela para a supressão dos obstáculos que condicionam a progressão das mulheres nesta matéria

O número de mulheres na esfera política foi aumentando ao longo dos tempos observou a Deputada eleita no Círculo Eleitoral do Maio, pelo Movimento para a Democracia.

Recuando no tempo, Joana Rosa lembrou que em 1991 apenas 3,8 % de mulheres estavam na esfera política, daí em diante foi sempre a crescer, excetuando 2001 em que se registou uma ligeira diminuição.

Em 1995 a percentagem foi de 12,5, em 2001 foi de 11,1 %, mas voltaria a aumentar em 2006 situando-se nos 15,3 %. Em 2011 chegou aos 20,8 e em 2016 situou-se em 23,6 %.
Face a estes dados que espelham a realidade do País a Deputada Joana Rosa que é simultaneamente Presidente da Rede das Mulheres Parlamentares de Cabo Verde salienta que é preciso “remover muitos obstáculos” psicossociológicos e políticos que no seu entender “condicionam, uma verdadeira participação na vida política do País”.

A baixa percentagem de mulheres eleitas como Deputadas traz consigo várias razões, por isso a Parlamentar argumenta que a defesa da igualdade de género e de uma maior participação das mulheres nos diversos níveis do poder, deve representar uma forte convicção quanto ao papel fundamental e decisão de mulher em todo o processo de construção deste País.

A nível mundial, Cabo Verde tem uma taxa de participação de mulheres no Parlamento entre 22 %, dado distante de outros países como Senegal (42,7 %), Moçambique (39,9 %) ou Espanha (39,1 %).