Desejo foi reiterado pelo Primeiro-Ministro, por ocasião da assinatura dos contratos de implementação de duas centrais solares fotovoltaicos e aquisição de energia de 5MW nas Ilhas de São Vicente e Sal
O Primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Silva, que falava ontem, 30, no ato da assinatura dos Contratos de Aquisição de Energia de 10 MW e implementação de duas Centrais Fotovoltaicas, nas Ilhas de São Vicente e Sal, demonstrou o desejo do Governo em atingir 50% de penetração das energias renováveis na rede, até 2030.
“Estamos convencidos de que com estes investimentos, mais a armazenagem de energia, vamos aumentar a nossa capacidade de produção. Conjugando estes dois elementos com a eficiência energética que também faz parte do pacote da agenda do Governo, estaremos em condições de, seguramente, antes de 2030, atingirmos os 50% de penetração das energias renováveis na rede”, garantiu o PM.
UCS referiu sobre o modelo de sinergias adotadas por este Governo e diz terem consciência de que a aceleração depende também da capacidade de investimentos, quer públicos quer privados, anunciando que têm um quadro atrativo de incentivos fiscais, financeiros, particularmente dirigidos à microprodução.
Já que os ganhos são “evidentes” e serão ainda mais evidentes a nível económico, UCS diz que têm intenção de acelerar o processo, incluindo o da Mobilidade Elétrica.
“Queremos posicionar Cabo Verde como um País de vanguarda nas energias renováveis. Temos sol, temos vento, temos mar. Temos tudo para transformar aquilo que Deus nos deu em energia e temos todas as condições de o fazer”, reforçou.
Na mesma ocasião, o Chefe do Executivo não deixou de reforçar a ideia de se avançar com o Projeto Hotel Verde.
Para o PM, a meta é ter hotéis verdes com energias renováveis, 100% de preferência, com nexo entre água e energia, a fazer a reutilização de água, zero plástico, mobilidade elétrica.
“O programa já apresentado e que deverá ser implementando no início de 2023 é um pacto de sustentabilidade com os hotéis. Basta somarmos todos os hotéis, principalmente no Sal e na Boa Vista, aquilo que consomem em termos de energia, água, produção de lixo, plástico e embalagens, vemos que vale a pena o pacto”, argumentou.
50% de penetração das energias renováveis na rede é uma meta interessante e ambiciosa mas dificilmente atingível em 2030 (daqui 8 anos!!!!!!) até porque depende, em grande parte, de investimentos privados sobre os quais o GOVCV tem poucos “leviers”. De todo modo, desejo sucessos ao GOVCV neste quesito.
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