Governo apresenta atividades e serviços que continuarão proibidos

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Atividades culturais, recreativas, desportivas, de lazer e diversão continuam proibidos, a nível nacional. Entretanto, já a partir de amanhã serão permitidos o funcionamento dos serviços, empresas e outras organizações, públicos e privados que não representam maiores riscos

Com a saída da Ilha da Boa Vista do regime de estado de emergência, a partir das 24 horas de hoje, somente a ilha de Santiago vai continuar nesse regime, pela quarta-feira, depois de ver prorrogado pela terceira vez o decreto presidencial.

No entanto, neste, o Presidente da República permitiu ao Governo “amplitude suficiente para flexibilizar” algumas medidas, sem pôr em causa o objetivo principal de contenção da propagação da epidemia.

O Primeiro-Ministro, no seu discurso na sessão parlamentar extraordinária, para a aprovação da terceira renovação do estado de emergência para a Ilha de Santiago, disse que já a partir de amanhã, vai ser permitido o funcionamento dos serviços, empresas e outras organizações, públicos e privados, com exceção dos que representam maiores riscos de contatos pessoais e de exposição a contágios e que não sejam serviços e atividades essenciais durante a vigência do estado de emergência.

Nesse sentido anunciou, continuam proibidas as atividades culturais, recreativas, desportivas, de lazer e diversão. Ou seja, continuam encerradas empresas, estabelecimentos e atividades que se dedicam ao atendimento ao público em estabelecimentos de restauração e bebidas, exceto serviços de entrega ao domicílio, discotecas, bares e salões de dança ou de festa centros comerciais, salões de cabeleireiros, barbeiros, esteticistas, salões de massagem, entre outros similares, ginásios, academias, escolas de artes marciais, de ginástica e similares.

De acordo com Ulisses Correia e Silva, pretende-se com o prolongamento do estado de emergência em Santiago, a retoma da atividade económica e da administração pública, mas num quadro que permita conciliar o regresso ao trabalho com a menor circulação de pessoas possível. “Nesse sentido, diretivas serão dadas aos diversos serviços da Administração Pública para combinar o trabalho presencial com o teletrabalho e o trabalho em casa, em função da natureza dos serviços”, esclareceu, sublinhando, contudo, que o dever de recolhimento domiciliário será exercido, podendo a circulação de pessoas ser permitida para ir trabalhar ou adquirir bens e serviços essenciais, até às 21h30.

Quanto à realização de atividades religiosas e de culto que impliquem aglomeração de pessoas, estas, continuam interditas em Santiago Sul, porque a situação epidemiológica assim recomenda. Mantêm-se em vigor as restrições relacionadas com a interdição do transporte de passageiros interilhas, com a lotação dos transportes públicos rodoviários, com a interdição de realização de eventos com aglomeração de pessoas, com a frequência de praias de mar, com visitas a lares e aos centros de idosos, visitas a hospitais e outros estabelecimentos de saúde e a estabelecimentos prisionais.

Na Cidade da Praia, acrescentou o Chefe do Executivo, em função do mapeamento da epidemia, serão reforçadas medidas de contenção nos bairros através da realização de testes rápidos, desinfeção dos espaços e das ruas, vigilância policial e militar e reforço da comunicação e sensibilização. “Vamos todos fazer o máximo para que a Praia e a Ilha de Santiago possam sair do estado de emergência brevemente”, apelou.

Essas medidas, reforçou, foram adotadas e estão a ser implementadas para que o desconfinamento seja progressivo e programado e ao mesmo tempo que se prepara o País a conviver com a Covid-19 em condições de baixa propagação.

“O uso de máscaras, as regras de distanciamento social e de higienização e a realização alargada de testes rápidos são algumas dessas medidas. São medidas que têm sido tomadas com muita ponderação, com base em critérios de proteção da saúde pública e com sustentação técnica”, afirmou.

Conforme disse, a retoma, com sucesso, das ligações marítimas interilhas de passageiros das ilhas fora do estado de emergência, “demonstra a rápida capacidade de adaptação de cumprimento das novas normas e do novo normal, graças às pessoas, às instituições e às empresas”.

Na próxima semana, como avançado esta tarde pelo OPAÍS.cv, será apresentado um plano nacional integrado de desconfinamento e de regras de proteção e segurança sanitária para os diversos setores de atividade social e económica.

4 COMENTÁRIOS

  1. Este é um plano de ação bastante razoável. Agora, as autoridades de saúde e as forças de segurança devem executar incansavelmente pelas próximas duas semanas, mesmo que isso signifique que eles perdem um pouco de sono! Não tenho dúvidas de que veremos resultados positivos dentro de duas semanas. Não desista da esperança.

    Não podemos avançar com sucesso em atividades econômicas enquanto o vírus está em vantagem. Temos que nos posicionar para reiniciar cautelosamente as atividades econômicas, mas com confiança de que o vírus está sob controle. Esse equilíbrio é o melhor caminho a seguir.

  2. “Comentários que ‘ofendam o bom nome de instituições’ não serão considerados”…

    Importa que se defina o que é ofender o “bom nome”, e igualmente o que seria considerado linguagem “inadequada”. Conceitos de teor vago e elástico como esses, caso não sejam claramente definidos prestar-se-ão a decisões subjectivas sobre as opiniões expressas e a possíveis restrições indevidas da liberdade de expressão. Anda a acontecer um pouco por todo o lado no mundo…

  3. Na minha opinião , os concelhos onde não apresentam casos ou com pouco casos, o Governo deveria autorizar o funcionamento dos serviços privados porque os empresários estão a pagar arrendamento por dois meses sem nenhuma faturação e isso causa Grande problema porque não se sabe em que situação se encontra a empresa .É uma situação que precisa melhor atenção da parte dos governantes . Também se isulassem o concelho da Praia e tentassem reforçar os serviços dos policiais,implementar o uso de máscara obrigatório, seria melhor

  4. Nao entendo o porqué da proibiçao nas ilhas sem casos dos desportos nauticos como o kitesurf pur exemplo, tendo em conta che praticando o tal desporto a distancia obrigatoria é superior as impostas pela lei e visto as distancias que se veem pelas estradas e muito inferior das que usamos nos desportos nauticos. Espero que o governo abilite essa pratica rapidamente porque isso faz parte tambem do nosso bem estar mental .

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