Governo com balanço “altamente positivo” no setor do turismo

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Avaliação é do Consultor Internacional. Victor Fidalgo interveio, esta manhã, no fórum-conferência do Grupo Parlamentar do MpD e discorreu sobre o Impacto da Covid-19 nos setores do Turismo e Transportes Aéreos

Victor Fidalgo fez a sua intervenção, no fórum-conferência promovido pelo Grupo Parlamentar do MpD, com recurso às tecnologias, a partir da Alemanha, e elogiou a ação do Governo no setor do turismo, dizendo mesmo que no debate sobre o Estado da Nação, a acontecer no final deste mês, na Assembleia Nacional, o Governo liderado por Ulisses Correia e Silva estará com um balanço “altamente positivo”.

A sua afirmação está ancorada em números, conforme enunciou durante a sua comunicação, em que realçou, por exemplo, que entre 2016 e 2019, houve um aumento na ordem dos 26%, de estabelecimentos turísticos no País, um número que na sua opinião evidencia que “muitos” Cabo-verdianos, sobretudo em Ilhas como Santo Antão, Fogo e São Vicente “estão criando unidades hoteleiras” e sublinhou ser isto “muito importante”.

Por outro lado, destacou o aumento de pessoal empregado no setor, que registou aumento na ordem de 41%, passando de 6.400 para 9.050 postos de emprego.

Noutro momento da sua alocução, Victor Fidalgo elogiou a TUI, maior distribuidora de turistas para o mercado das Ilhas, e destacou que este grupo tem uma “visão clara e acredita em Cabo Verde”, um acreditar que, segundo diz, deve ser aproveitado na promoção do nosso destino. Refira-se que o Grupo TUI está a construir duas unidades hoteleiras em Cabo Verde.

Entretanto, Fidalgo advertiu que no pós- Covid-19, Cabo Verde deve apresentar-se com um “estilo diferente”, e com melhorias “substanciais”. Sugere mesmo que devem ser “colmatadas” algumas “insuficiências e debilidades” organizacionais e funcionais que o País ainda tem, mas admite que a União Europeia é o “principal mercado” de Cabo Verde.

O Consultor Internacional advoga que não há alternativa à UE, enquanto mercado emissor de turistas para estas Ilhas, e diz mesmo que o “mercado natural” de Cabo Verde “é a Europa”, cujos cidadãos procuram nichos de sol e praia, áreas “importantes” que o Arquipélago oferece, a par de outros nichos em que o País está a preparar.

No que se refere ao setor da habitação dos que trabalham nos grandes empreendimentos turísticos, Victor Fidalgo não concorda que seja um problema social, mas sim económico, e sugere que os investidores devem promover o alojamento condigno dos seus colaboradores. Considera ser “incompatível” com a dignidade humana, alguém trabalhar num grande investimento e habitar numa “cabana”. Segundo observou, a resolução da problemática da habitação “não é difícil” desde que, de forma “muito clara”, esse custo seja incluído no licenciamento do investimento. Aqui, ele sugere que a Autarquia no Município a receber o investimento e o Governo, através dos Ministérios do Turismo e a tutela da habitação devem estar “concertados” para se saber o valor a ser acrescentado ao investimento normal para contribuir para o setor da habitação, naquele território municipal.

A se prosseguir, assim, prognostica Victor Fidalgo, dentro de 10 anos poderemos ter uma “outra cara” nas duas Ilhas de maior expressão turística no País.

O fórum-conferência do Grupo Parlamentar do MpD, realizado ontem e hoje, quarta-feira, 22, serviu para recolher subsídios para o debate sobre o Estado da Nação.



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