Governo dá palco ao grupo que trabalhou dossiê da Morna. “Não devem ficar nos bastidores”

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Primeiro-Ministro condecorou esta tarde, 19 personalidade que estiveram envolvidas “de forma incansável e com alma” o dossiê da Morna

Para o Chefe do Governo, essa condecoração serve para “dar palco” aos técnicos que trabalharam o dossiê, porque conforme observa “não devem ficar nos bastidores”, porque a razão da classificação da Morna a Património Cultural Imaterial da Humanidade foi a de ter um dossiê técnico “bem trabalhado e convincente para a sua aprovação”.

“Foi mais de mil páginas de trabalho, de levantamentos, entrevistas, de pesquisa e de trabalho apurado”, sublinhou Ulisses Correia e Silva ao presidir a sessão de homenagem, ocorrida esta tarde no Palácio do Governo, na Cidade da Praia.

O PM afirma que o País está orgulhoso do trabalho desta equipa, reconhecendo que não foi um trabalho fácil. Aproveitou para também agradecer, em particular, o Ministro Abraão Vicente, pela forma como liderou a equipa, “pelo seu empenho e sobretudo, pela entrega”. Da mesma forma quis agradecer a Embaixadora de Portugal em Cabo Verde pelo seu apoio, sustentando que o mesmo vai para várias outras personalidades, como o Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, pelo seu homólogo Português, António Costa, à CPLP e à CEDEAO.

Uma parte da história de Cabo Verde, precisou, ainda o PM, acaba de ser escrita com a elevação que aconteceu a 11 de dezembro.

Abraão Vicente, também regozijou-se com o reconhecimento do Governo para com a sua equipa. O Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, também reconheceu o papel do próprio Primeiro-Ministro que deu ‘carta branca’ ao seu Ministério para trabalhar o dossiê, que era prioridade cultural. No entanto, explica que não foi a Morna, o género musical que foi elevado a Património da Humanidade, mas sim a vivência, e a alma de um povo.

Agradeceu também ao IPC que de forma exemplar planeou tudo para que o dossiê fosse aceite, e escrito na lista da UNESCO.

“Tamanho não é documento”, e em 10 anos, Cabo Verde tem dois Patrimónios da Humanidade, e perspetiva-se ainda candidatar com mais patrimónios nacionais, comentou Vicente.

Sandra Martins em nome dos galardoados agradeceu o Governo pelo gesto, afirmando que o reconhecimento da Morna é de todos os Cabo-verdianos e de muitos Cidadãos anónimos.

A elevação da Morna, no entanto sublinha, aconteceu sobretudo pela qualidade técnica do dossiê, o que deixa o País orgulhoso em ser logo, à primeira, aceite como Património da Humanidade.

Das 19 personalidades, 16 foram condecoradas com Medalha do Primeiro Grau de Mérito Cultural e 3 com o de Segundo grau.

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