Governo descarta austeridade, mesmo com dívida pública a chegar 150% do PIB

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Esse aumento da dívida deve-se ao fato do País estar a viver uma crise económica e sanitária provocada pela Covid-19, que levará a um novo orçamento (Retificativo), que já está na sua fase final de preparação

O Governo descartou hoje as medidas de austeridades, mesmo com a dívida pública a chegar os 150% do PIB, conforme avançou o vice Primeiro-Ministro, Olavo Correia, numa publicação na sua página oficial do Facebook.

De acordo com o governante, o financiamento dos Orçamentos de Estado retificativo para este ano e o do próximo ano, será suportado com o endividamento público que deverá chegar aos 150% do PIB. “Isto porque mais de 80% dos Orçamento de Estado em Cabo Verde são despesas obrigatórias, salários, com juros, com transferências para as Câmaras Municipais e com as transferências sociais, pelo que não há grandes margens para ajustes”, referiu, sustentando que “daí que a solução para financiar os OE deste ano e de 2021 será forçosamente a Dívida Pública, quer na vertente interna, quer na vertente externa”.

Olavo Correia diz ser preciso que se tenha em linha de conta que esta pandemia veio agravar as Contas do Estado com um custo mensal estimado em cerca 3,3 milhões de contos. “Somente para dar o combate imediato”, explica.

Mesmo assim com o aumento da dívida, o também Ministro das Finanças é categórico ao afirmar que não haverá austeridade em Cabo Verde, pelo menos por agora.

“Na ótica do Governo, a austeridade não seria um bom caminho tanto na perspetiva social, tão pouco, do ponto de vista económico. Pelo menos, a curto prazo – até porque não sabemos como é que esta situação vai evoluir-se a medio -prazos”, precisou.

Adotar medidas de austeridade como o aumento de impostos, cortes nos salários, seria uma estratégia inteiramente contra-ciclo, disse, sublinhando, ainda, a “drástica redução das receitas”, cuja previsão só para este ano é na ordem dos 18 milhões de contos.

Olavo Correia frisa ainda que o Orçamento Retificativo está já praticamente na fase final de preparação, pelo que o Governo estará “brevemente” reunido em Conselho de Concertação Social para, depois comunicar à Nação os detalhes deste “documento estratégico e vital” neste combate aos efeitos da pandemia Covid-19 em Cabo Verde.



1 COMENTÁRIO

  1. É o que tenho dito, no que sou secundado por vários colegas meus de profissão: com um Governo tão “liberal” como este, a esquerdomania e os esquerdopatas crioulos estão tramados. Duas opções lhes restam: ou se tornam ‘liberais’ como Ulisses e Olavo; ou vão todos para os conventos de monges, porque de política não não entendem e não servem. O problema maior é inundar conventos de monges comunistas.

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