Fernando Elísio Freire, Ministro de Estado, falava durante a cerimónia fúnebre do Ministro-Adjunto do Primeiro-Ministro para a Integração Regional, Júlio Herbert, realizada esta manhã
O Ministro de Estado afirmou que Júlio Herbert, como membro do Governo, responsável pela Integração Regional, contribuiu de forma entusiástica e decisiva para o aprofundamento das relações com o Continente Africano, onde estava a ajudar a construir uma nova abordagem no espaço da CEDEAO.
Conforme adiantou Elísio Freire, Herbert, defendia uma integração na CEDEAO inteligente que resultasse e representasse a especificidade, especialidade e proporcionalidade de Cabo Verde. “Era um defensor acérrimo de um estatuto especial para Cabo Verde no quadro da CEDEAO”, sublinhou.
“Foi um dos pioneiros a equacionar os elementos que configuram as políticas externas, perspetivando a um novo paradigma levando a pôr novos caminhos alternativa e espaços de cooperação estratégica que permitam a reinserção, segura e vantajosa do País no mundo através de uma diplomacia política e económica ativa”, destacou.
O governante que falava em momento de silêncio e tristeza, ressaltou que o malogrado dedicou uma vida inteira a servir a Nação Cabo-verdiana, destacando, que o falecido Ministro, sendo um “servidor público, político, conselheiro, músico, romântico e poeta, homem possuidor acima da média”, representava o verdadeiro crioulo, que gostava de análises complexas.
O falecimento de Júlio Herbert, de “forma repentina enche-nos de tristeza, mas reforça a responsabilidade de tudo fazermos para não afastarmos, dos sonhos que tinha com o nosso Cabo Verde, a liberdade e a dignidade da pessoa, eram as bussolas, da sua ação cívica”, frisou.
Elísio Freire, afirmou que Júlio possuía um conhecimento profundo do País, das nossas gentes, da cultura e que sempre defendeu Cabo Verde, destacando a contribuição deste diplomata na “afirmação” de Cabo Verde como um País Democrata, construindo os caminhos do desenvolvimento.
Assegurou, Elísio Freire que, Júlio vai permanecer na memória como um diplomata sagaz e conselheiro, respeitador, romântico incorrigível e músico admirado por todos e que a Morna perde um dos seus grandes apaixonados, que cantava e a tocava de forma sublime e com paixão.
