Governo negocia alargamento das moratórias à divida pública externa junto dos credores

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Informação foi avançada pelo vice Primeiro-Ministro. Olavo Correia falava durante um encontro com a Comissão Especializada de Finanças e Orçamento, no Parlamento, no dia de ontem

O vice Pimeiro-Ministro avançou na quarta-feira, 3, que o Governo está a negociar com os credores bilaterais o alargamento das moratórias ao serviço da dívida pública para o ano de 2022.

O governante, partilhava as linhas orientadoras do Orçamento de Estado para 2022 com os Deputados da Comissão Especializada de Finanças e Orçamento, onde exclareceu que a moratória poupava cinco milhões de contos ao Estado, criando assim “uma folga orçamental muito importantes” ao País.

“Isso foi conseguido em 2020, 2021, em que houve uma iniciativa global a incentivar os criadores a procederem a esta moratória, mas em relação a 2022 ainda não há uma decisão, um compromisso internacional neste sentido, por isso o Governo está a trabalhar com um conjunto de credores bilaterais para conseguirmos uma moratória ao serviço da divida para 2022″, declarou, indicado que a dívida representa qualquer coisa como cinco milhões de contos para 2022, “e se conseguirmos uma moratória para o efeito teríamos uma almofada, uma folga orçamental muito importante”.

Neste sentido, refere, o Governo vai apresentar uma proposta de alteração à Lei de Bases do Orçamento, propondo a alteração do teto da dívida, já que o quadro orçamental e as regras estabelecidas na lei de bases do orçamento são regras para um período do crescimento económico.

A proposta  de OE’2022,  no montante de cerca de 73 milhões de contos, prevê um crescimento económico entre 3,5 e 6%, uma inflação de entre 1,5 e 2%. Prevê ainda um aumento do número de turistas na ordem dos 100 a 150% face a 2021 e com isto, o País estará em condições de aumentar o emprego líquido com a previsão da criação de cerca de 9,700 emprego.

O défice público que em 2019 estava à volta de 1,8% do PIB vai situar-se em 2022 em 6,1% e a dívida pública que era 124% em 2019 vai passar para 150,9% do PIB, registando, uma melhoria face a 2020 e 2021, que foram de 155,6 e 153,9% respetivamente.