Governo planeia reconciliação com a Diáspora

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“Objetivo é ter uma Nação una”, indica Ministro das Comunidades, Jorge Santos

Dar centralidade à Diáspora Cabo-verdiana e ao mesmo reconciliar-se com as Comunidades espalhadas pelo mundo, são dois grandes desideratos do Plano Estratégico para a Diáspora que o Governo vai apresentar, esta sexta-feira, 6, num ateliê organizado para este fim.

Esta informação foi prestada, em exclusivo, pelo Ministro das Comunidades, Jorge Santos, numa antevisão ao ateliê de Apresentação do Plano Estratégico para a Diáspora que considera importante pois, no seu entender, vai no sentido de agregar valor ao processo de desenvolvimento nacional de Cabo Verde.

Para se dar essa centralidade à Diáspora é necessário ver este desiderato, no entender de Jorge Santos, nas suas mais diversas dimensões, não só na vertente económico e financeiro mas, como também, a nível social, e principalmente a nível do saber, cultural e desportivo.

Esta dimensão da centralidade, de acordo com o Ministro, é algo transversal a todo o Governo mas sim uma opção do Executivo em considerar a nossa Diáspora como um extensão das ilhas e eliminar as distâncias que separam os residentes e não residentes.
Para além destes dois pilares fundamentais, o primeiro de dar centralidade à Diáspora é considerado de grande valia e importa relevar os eixos número 1, que consiste em Recensear, Mapear, Estudar e Conhecer o Perfil Migratório; o segundo eixo abarca a questão da Adequação da Legislação à Administração Pública às Demandas da Diáspora enquanto que o terceiro tem a ver com o Garantir a Participação da Diáspora no Processo de Desenvolvimento de Cabo Verde.

O Plano Estratégico do Ministério das Comunidades é, no que concerne ao seu posicionamento estratégico, no dizer de Jorge Santos um instrumento político de âmbito geral de curto e médio prazos, que propõe fazer uma abordagem política sistémica da nossa Diáspora, através de um diagnóstico por regiões, tais como a região da África, a das Américas e a da Europa e Resto do Mundo. Irá ter 7 Eixos Estratégicos e um Plano de Ação por cada região, que deve chegar ao detalhe de propor um plano de ação piloto por cada País de acolhimento das nossas Comunidades emigradas e seus descendentes.

“Trata-se de um processo complexo, mas é um grande desafio, não só do Ministério das Comunidades, mas também, desta Legislatura, e do Governo”, enalteceu Jorge Santos, para quem, após uma análise fria da crise provocada pelas secas, Covid-19 e, mais recentemente, pela guerra na Ucrânia, chegou-se a conclusão de que “a nossa Comunidade é um ativo dos mais importantes” de Cabo Verde.

E como tirar o melhor proveito deste ativo, no entendimento de Jorge Santos, é aproximar-se dele, e tirar o melhor partido para o crescimento do Arquipélago.

Jorge Santos é de opinião de Cabo Verde considerou a sua Diáspora de muito importante em todas as fases de desenvolvimento do País.

O Governo deu a entender, ainda que, o objetivo do Plano Estratégico para a Diáspora é o de chegar à nova geração, que provavelmente, já não são Cabo-verdianos mas que constituem a grande Diáspora Cabo-verdiana e por direito devem ter a nacionalidade adquirida.

O Ministro das Comunidades considerou de muito importante a realização do ateliê desta sexta-feira, por se tratar do culminar de um trabalho de quase 7 meses de planeamento que começou com um amplo debate e de um diagnóstico profundo da realidade da Diáspora Cabo-verdiana a nível nacional.

De acordo com Jorge Santos foi no quadro deste diagnóstico que se chegou ao Plano Estratégico da Diáspora Cabo-verdiana.

O ateliê acontece esta manhã, na Sala de Conferências do Palácio do Governo, num ato a ser só- presidido pelo Vice Primeiro-Ministro, Olavo Correia, e pelo Ministro das Comunidades.