Governo preparou Orçamento “diferente” e de “combate” para 2021

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Documento tem por propósito maior “deconfinar” a economia, por isso, adianta o vice Primeiro-Ministro, o próximo OGE tem que servir para “superar a crise”

Cabo Verde está a preparar o novo Orçamento Geral e Estado para o ano económico de 2021. Um Orçamento “diferente de todos os demais”, pois este é virado para o “combate”, conforme realçou o vice Primeiro-Ministro e Ministro das Finanças, no dia em que a referida proposta do OGE foi entregue ao Presidente da Assembleia Nacional.

O documento proposto tem como propósito maior “desconfinar” a economia, paralizada, praticamente, desde fevereiro quando a Covid-19 na Europa começou a afetar Cabo Verde.

O próximo OGE é de “combate em relação à pandemia, quer no plano epidemiológico, como no plano económico e social”, adianta OC, observando que fala num Orçamento “que tem de servir para superar a crise”.

“A superação da crise tem de ser e representar um desígnio nacional com três pilares que são determinantes”, apontou, o governante que reafirma a necessidade controlar a pandemia e vencer o vírus para se poder desconfinar a economia, porque, sem o controlo da pandemia não será possível desconfinar a economia, caso contrário, observa, “os custos económicos e sociais serão gritantes e poderão até vir a ser insuportáveis ao Estado, às famílias e às empresas.

Proteger os rendimentos, os empregos e as empresas e recuperar a economia Cabo-verdiana e trabalhar numa ambição a médio e longo prazo são outros propósitos elementares do OGE, ontem entregue na Assembleia Nacional.

Desafios

OC sublinha que a proposta do OGE é construída num quadro de “grandes desafios”, desde logo os desafios emergências, mas também desafios estruturais. “O aproveitamento do dividendo demográfico, que tem a ver com a qualificação dos recursos humanos; o aproveitamento das potencialidades da economia azul; a valorização dos recursos endógenos de Cabo Verde; mas também a ativação do conceito da segurança total, como um conceito, hoje, de uma importância crescente, quer no aspeto social, como no aspeto económico, para que possamos construir um território competitivo e capaz de dinamizar a atividade económica”, pontuou.

Por outro lado, assinalou “é fundamental” que Cabo Verde aposte na lógica da transição, concretamente, a “transição para o digital, a transição climática, a transição energética, a transformação agrícola, sobretudo apostando no economia verde, e a transição do informal para o formal”.

“É fundamental que tenhamos uma perspetiva de médio e longo prazo para que possamos criar as condições e aumentar o potencial de crescimento sustentável da economia Cabo-verdiana”, vincou.