Governo quer nos próximos 5 anos disponibilizar 90 litros de água dia por pessoa

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Ambição de Cabo Verde foi partilhada pelo Primeiro-Ministro, na VIIª Edição do Fórum AFRICÁGUA, nas Ilhas Canárias

O Primeiro-Ministro presidiu ontem a VIIª Edição da AFRICÁGUA, nas Ilhas Canárias, destacando a experiência de Cabo Verde no setor da água bem como as ambições do País no setor.

Ulisses Correia e Silva precisou que a ambição do País é nos próximos 5 anos atingir a meta de disponibilizar 90 litros de águas dia por pessoa. Isso, referiu, será graças aos investimentos que se encontram em curso, no setor da água, apesar das adversidades naturais e climáticas.

“O País tem realizado importantes investimentos nas redes públicas e sistemas de armazenamento de água em todas as Ilhas, melhorando consideravelmente os serviços de abastecimento de água e de saneamento à população. A nossa é atingir, nos próximos 5 anos, a disponibilidade de 90 litros de água por pessoa por dia”, avançou.

Cabo Verde, na opinião do Chefe do Governo, tem trilhado um percurso muito positivo no setor da água, desde 1968, quando foi instalada a primeira dessalinizadora de água de mar, no País. “Hoje cerca de 70% da água potável distribuída à população provém da dessalinização. Essa percentagem vai aumentar nos próximos anos graças aos investimentos em curso. Empreendimentos turísticos e industriais recorrem à dessalinização em mais de 90% dos casos”, indicou.

Ulisses Correia e Silva lembrou que a pressão sobre os recursos hídricos e a escassez hídrica é uma realidade que “tende a agravar-se à escala global” e são particularmente afetados os países já assolados pela aridez climática e pela insuficiência de infraestruturas de sua mobilização e distribuição. Por isso mesmo, considerou importante garantir “o abastecimento de água de forma confiável, segura, acessível e equitativa a todos.

Na agricultura, indicou, vai-se investir 30 milhões de Euros na diversificação das formas de mobilização da água, que inclui a dessalinização e o reaproveitamento de águas residuais tratadas. “Promovemos a massificação da irrigação gota-à-gota, assim como criamos incentivos fiscais e financeiros para promover investimentos privados neste setor e subsidiamos os agricultores na aquisição de materiais para a rega gota a gota”, concluiu.