Francisco voltou a evocar o sofrimento das crianças e apela à consciência dos responsáveis pelo conflito
O Papa Francisco alerta que “mais uma vez” a humanidade é ameaçada por um “perverso abuso de poder e interesses partidários” que na sua opinião “condena pessoas indefesas a sofrer todas as formas de violência brutal”.
Numa mensagem ao Arcebispo de Vilnius e Presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa, Dom Gintaras Grušas, por ocasião da abertura das Jornadas Sociais Católicas Europeias que se realiza em Bratislava, na Eslováquia, de ontem ao dia 20, o Papa Francisco sublinha que “a tragédia da guerra, que está a acontecer no coração da Europa deixa-nos atónicos”.
“Nunca teríamos pensado em ver tais cenas reminiscentes dos grandes conflitos de guerra do Século passado”, sublinha.
Francisco destaca que o “comovente grito de socorro” dos irmãos Ucranianos impele-nos, como comunidade de crentes, “não apenas a uma reflexão séria, mas a chorar com eles e a trabalhar por eles; partilhar a angústia de um povo ferido na sua identidade, na sua história e na sua tradição”.
Segundo o Papa, hoje, mais do que nunca, é urgente rever o estilo e a eficácia das políticas.
“Diante das muitas mudanças que estamos a testemunhar a nível internacional, é nosso dever tornar possível o desenvolvimento de uma comunidade mundial, capaz de realizar a fraternidade a partir de povos e nações que vivem a amizade social”, defende.
