Guiné Equatorial acusa Franceses de interferência após condenação de Teodorín

0

PM Equato-guineense afirma os crimes pelos quais Obiang “é falsamente acusado” deveriam ter sido julgados na sua terra natal, e que os Franceses não têm muita jurisdição ou legitimidade legal, de o julgar

O Governo da Guiné Equatorial acusou a Justiça Francesa de interferência e manipulação, na sequência da condenação do vice-Presidente do País, ‘Teodorín’ Obiang, pronunciada pelo Tribunal de Recurso de Paris no caso dos “ganhos ilícitos”.

Numa declaração assinada pelo Primeiro-Ministro da Guiné Equatorial, Francisco Pascual Obama Asue, o Executivo denunciou “atos de interferência em questões de jurisdição interna” do Estado por parte dos “tribunais Franceses”.

Para o governante os supostos crimes pelos quais o filho do Presidente da Guiné Equatorial “é falsamente acusado” deveriam ter sido julgados em território Equato-guineense, sublinhando que os tribunais Franceses não têm muita jurisdição ou legitimidade legal, de julgar Obiang.

Recorde-se que na terça-feira, o advogado de ‘Teodorín’ Obiang, anunciou que vai recorrer da condenação.

Teodoro Nguema Obiang Mangue, 51 anos, conhecido como ‘Teodorín’, foi considerado culpado de ter construído fraudulentamente um património considerável em França. Os juízes estimam um branqueamento de capitais na ordem dos 160 milhões de euros, segundo um comunicado do Tribunal de Recurso.

Pelos crimes de lavagem de bens da empresa, desvio de fundos públicos e quebra de confiança entre 1997 e 2011, o ex-ministro promovido a vice-presidente foi condenado a uma pena de três anos de prisão suspensa, uma multa de 30 milhões de euros, com todos os seus bens a serem apreendidos.

Trata-se de uma pena mais elevada do que a proferida em primeira instância, em 2017. Desta vez, a multa não foi suspensa.

Notícia relacionada:

Teodorin Obiang tem pena agravada por tribunal Francês