31 de Agosto de 1981.
A força bruta do partido-Estado revela-se, num exercício cruel, contra várias pessoas do concelho de Ribeira Grande, Santo Antão.
Um dia triste, mas simultaneamente um grande marco na luta pela afirmação da LIBERDADE em Cabo Verde.
O Estado, como lucidamente explicava Smend, é uma entidade espiritual e depende, diríamos, de uma constelação viva de valores, símbolos e rituais.
É importante preservar a memória, como um gadameriano “horizonte de compreensão”.
Não há conquistas definitivas, assim como não existe democracia sem democratas.
31 de Agosto é a rejeição do Estado-máquina, tão ao gosto dos discípulos de Estaline.
Há coisas realmente inegociáveis.
A liberdade individual, condição da nossa dignidade cívica, é uma delas.
NR: este texto foi publicado, ontem, no Facebook do Autor por ocasião do 39.º aniversário do massacre e das torturas de 31 de Agosto, na ilha de Santo Antão, como uma homenagem às vítimas do Partido Único.
Adubar, regar para florir e dar lindas Flores símbolos da LIBERDADE…OBRIGADO CASIMIRO de PINA e O PAÌS POR NÃO TEREM DEIXADO QUE O DIA PASSASSE DESPERCEBIDO. 31 DE Agosto Sempre!!
Hoje o Paicv enche a boca e fala do Estado de Direito…
Hoje o Paicv enche a boca e fala dos Direitos Humanos
Hoje o Paicv enche a boca, bate no Peito e ataca a CNE por estar a cercear a Democracia…
….coisas dos novos tempos:.. ainda bem!! Afinal o Paicv se converter a esses grandes valores civilizacionais.
País de contrastes: hoje, 31 de Agosto de 2020, estranhamente, nem o Onésimo Silveira, nem o Humberto Cardoso, nem a Ucid, muito menos o MpD desejam falar do trágico massacre de Santo Antão. Somente Jorge Santos (timidamente) e Casimiro Pina (assertivamente) falaram da efeméride da tragédia. Nem a rádio pública, televisão pública ou a agência de notícia pública estão interessadas a falar sobre o assunto. Sendo assim: ‘viva a ditadura e viva os ditadores’. O Paicv agradece a “vossa compreensão, camaradas”!
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