Posição é assumida pelos Bispos Católicos, por ocasião da jornada de Reconciliação e Paz
Angola está a comemorar 21 anos do fim de uma “guerra intestina” e a “hora presente” exige uma nova Constituição da República.
A posição é assumida pelos Bispos Católicos, por ocasião da jornada de Reconciliação e Paz, aberta ontem, domingo, e que se prolonga até 4 de abril.
Na opinião dos Bispos Angolanos, o País precisa de uma nova lei magna, pois admitem que com a atual Constituição, “na prática”, as instituições ficam “reféns” do MPLA, o Partido que governa desde 1975.
“As instituições vão perdendo credibilidade a nível nacional e internacional por causa da corrupção e da impunidade”, referem os Bispos Angolanos numa mensagem, divulgada ontem.
A Igreja convida todo o povo Angolano, para no decurso desta jornada de Reconciliação e Paz, se fazer uma “introspeção e reflexão profunda sobre os males” que afligem a mentalidade feiticista, o ódio, a intolerância, a falta de transparência na gestão da coisa pública, a busca incessante do poder a qualquer preço e a “instrumentalização” dos meios de Comunicação Social pública.
A Justiça, prossegue a mensagem, “é como um tesouro que deve ser procurado e desejado”.
“É verdade que a guerra aberta acabou, mas será que pode afirmar que todos os Angolanos e Angolanas vivem segundo as exigências da dignidade humana?” questionam.