Imigrantes ilegais excluídos dos cadernos eleitorais nos EUA

Memorando foi assinado ontem pelo Presidente Donald Trump, apesar do Supremo Tribunal ter permitido a inscrição dos imigrantes no censo de 2020

O Presidente dos EUA, Donald Trump, assinou esta terça-feira, 21, um memorando que exclui os imigrantes ilegais dos cadernos eleitorais, apesar de o Supremo Tribunal ter permitido a sua inscrição no censo de 2020.

O Presidente do comité nacional do Partido Democrata, Tom Perez, já reagiu a esta decisão, criticando as intenções escondidas do Presidente. “Não parece haver fim na agenda anti-imigração de Donald Trump. (…) Primeiro tentou colocar uma questão de cidadania no censo, mas foi bloqueado pelo Supremo Tribunal. Agora, volta com uma ordem inconstitucional, que não tem outro propósito senão silenciar e destituir vozes latinas e de comunidades de cor”, disse Perez.

De acordo com o Departamento de Censo dos EUA, no mês passado havia mais de 90 milhões de famílias que tinham respondido ao censo de 2020, a maioria através das plataformas ‘online’. Os opositores à questão da cidadania no censo alegam que essa medida desencorajaria a participação de imigrantes ilegais, resultando em números imprecisos para uma contagem que determina a distribuição de fundos federais e de orçamentos estaduais.

Os esforços de Trump para excluir os imigrantes ilegais para o censo eleitoral, através de um memorando, deverá ser contestada judicialmente.