Infrassons das eólicas podem afetar saúde num raio de 15 quilómetros

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Os ruídos não audíveis provocados pelas turbinas eólicas podem afetar a saúde das populações residentes até, pelo menos, 15 quilómetros de distância dos parques eólicos, revela um estudo, hoje divulgado

A investigação de João Almeida, docente da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Instituto Politécnico de Coimbra, ESTeSC-IPC, realizou um estudo (até uma distância máxima de 15 quilómetros) nas imediações de três parques eólicos do distrito de Leiria, em Cela (Alcobaça), Marvila (Batalha) e Chão Falcão (Concelhos de Batalha e Porto de Mós).

Após esta análise foi possível concluir que “a distância não é um fator relevante na redução dos níveis de ruído, em especial dos infrassons e do ruído de baixa frequência”, disse, citado numa nota de imprensa, João Almeida, reproduzida pela Agência Lusa.

No entanto, o impacto pode ser afetado pela velocidade do ar, visto que, quanto maior a velocidade do ar, maior a pressão sonora. De acordo com o mesmo comunicado da ESTeSC-IPC, o perfil do terreno, a existência de grutas, a proximidade à costa e a existência de florestas são outros fatores com influência na propagação do ruído.

Apesar dos avanços tecnológicos, as turbinas eólicas ainda produzem infrassons resultantes da sua mecânica e aerodinâmica, assim como infrassons de ruído e baixa frequência, que “podem afetar a qualidade de vida das populações humanas e animais”.

Este impacto pode causar um efeito mais ligeiro, com mal-estar geral e prolongado, com dores de cabeça, dificuldade em dormir, falta de concentração ou irritabilidade, entre outros sintomas.

O impacto mais grave pode traduzir-se com problemas pulmonares por exemplo tosse e dificuldade em respirar, apneias, arritmias cardíacas ou espessamento do pericárdio, a dupla membrana que envolve o coração.

“É importante adotar medidas de gestão territorial tomando em conta a proteção da saúde pública, particularmente na instalação de parques eólicos a distâncias consideradas seguras, incluindo os infrassons e o ruído de baixa frequência em estudos de impacte ambiental”, refere João Almeida.

O investigador alerta ainda para “um lapso na legislação Portuguesa”, que não prevê a medição e análise de infrassons nos estudos de impacto ambiental necessários à instalação de parques eólicos.

A investigação foi apresentada em livro, no âmbito da coleção “Ciência, Saúde e Inovação — Teses de Doutoramento”, editada pela ESTeSC-IPC.

 



1 COMENTÁRIO

  1. O que? Essa pesquisa é um absurdo absoluto e só vai causar preocupações entre os analfabetos científicos! Opais, por favor, faça sua própria pesquisa independente antes de publicar esse lixo controverso que nem mesmo foi revisado por especialistas. Ou, pelo menos, você deveria ter notado que há pesquisas mais estabelecidas que indicam que essas afirmações não têm mérito.

    https://patch.com/massachusetts/falmouth/infrasound-hoax-0

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