INMG. Não existem evidências do aumento da concentração de gases

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Dados observados nas últimas horas, continuam a mostrar que não existem evidências do aumento da concentração de gases, nomeadamente dióxido de enxofre e monóxido de carbono, na superfície

O Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, INMG, voltou a atualizar os dados sobre o estado do tempo, depois de algumas informações sobre possível existência de gases nas nuvens em Cabo Verde.

Segundo uma nota informativa do instituto, remetida ao OPAÍS.cv, os dados observados nas últimas horas continuam a mostrar que não existem evidências do aumento da concentração de gases, nomeadamente dióxido de enxofre, SO2, e monóxido de carbono, CO, na superfície.

Contudo, adianta que dados fornecidos por vários modelos designadamente, o modelo do centro Europeu (Copernicus e ECMWRF), e o modelo Americano (GFS) não descartam a possibilidade da presença de eventuais partículas de dióxido de enxofre na alta atmosfera.

“Ainda, os dados recolhidos, a nível nacional, indicam um elevado teor de humidade do ar (>80%), e aumento da temperatura média do ar, em torno de 30°C”, lê-se na nota.

O INMG explica também que a interação entre estes parâmetros, associados à presença de aeróssois, nomeadamente, partículas de SO2 existentes na alta atmosfera, poeiras e outros poluentes trazidos pelo vento, poderá ter favorecido a condensação do vapor de água, contribuindo para a redução da visibilidade.

“Durante a condensação, as moléculas de vapor de água combinam-se para formar pequenas gotículas suspensas no ar, originando a neblina de cor azulada que tem sido observada nos últimos dias”, explica.

De realçar que, até o momento, o INMG continua a descartar qualquer perigo associado a fenómenos naturais, pelo que aconselha-se ponderação no sentido de evitar situações alarmistas desnecessárias. Todavia, o INMG faz saber que a vigilância do estado do tempo no Arquipélago e as previsões da sua evolução está a ser feita de forma ininterrupta.