Inspetor da PJ suspeito de vários crimes já está em liberdade

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Inspetor da PJ Gerson Lima

Defesa recorreu a um habeas corpus, sublinhando que a detenção de Gerson Lima foi ilegal e que o processo não tem pernas para andar, porque “ficou claro” que o inspetor “não cometeu nenhum crime”

O Inspetor da Polícia Judiciária detido alegadamente por tráfico de drogas, associação criminosa, estorsão, entre outros crimes, já foi libertado pela Justiça.

De acordo com o advogado de defesa, Félix Cardoso, a detenção do seu constituinte foi ilegal e o processo não tem pernas para andar. Por isso, acrescentou, Gerson Lima foi posto em liberdade, com ajuda de um requerimento de habeas corpus pedido junto do Tribunal da Praia.

“O mandado emetido pelo Procurador-Geral da República, foi fora do quadro estatutário da PJ, que consangra uma imunidade reforçada ao pessoal de investigação criminal. Na sequência, a defesa entendeu requerer um requerimento de habeas corpus que veio a ser decidido pelo Juíz”, disse o advogado.

Para Felix Cardoso, o mandado como foi emitido, afigura-se como “tentativa de distruição” de um cidadão que não pode fazer escola no País, sublinhando que o processo não tem pernas para andar, porque “ficou claro” que o seu constituinte, Gerson Lima, “não cometeu nenhum crime”.

Também presente no Tribunal, depois da libertação de Gerson Lima, o Presidente da Associação da PJ, sublinha que se está perante uma “tremenda injustiça”, manipulação, perseguição contra aquele que é um dos melhores inspetores da PJ.
Recorde-se que Gerson Lima, de 43 anos, foi detido fora de flagrante delito, na passada quarta-feira, 7, por estar “fortemente indiciado” na prática de crimes como adesão e colaboração com associações criminosas para tráfico de droga, lavagem de capitais, corrupção e extorsão.
Na altura, a PJ emitiu um comunicado a confirmar o sucedido, informando que ao cumprir um mandado de busca à residência e gabinete de trabalho do inspetor, apreendeu vários objetos de interesse para a investigação.