É a tal embarcação revelada pelo Edil da Ribeira Grande de Santo Antão, no encontro com empresários e agentes económicos no Porto Novo
Evandro Nascimento é o empresário que já tem nos mares de Cabo Verde, a embarcação denominada Baltimore, que já está a operar.
Na última madrugada, o navio cargueiro ligou a Cidade da Praia a Boa Vista, e é do Porto de Sal Rei que o empresário nos falou via telefone, garantindo que a embarcação já está “operacional”.
“Desde o dia 4 setembro realizamos viagens”, confirmou.
O Baltimore é uma embarcação com 43 metros de cumprimento, 8,5 de largura, e tem capacidade para transportar 380 toneladas de carga ou então 238 metros cúbicos.
O navio com cerca de 12 anos, dispõe de condições de frio, nomeadamente, um porão de fresco, com capacidade para 120 toneladas acondicionadas em até +5 graus, e uma câmara forte de 30 toneladas, com acondicionamento até 25 graus negativos.
Ao OPAÍS, Evandro confirmou que o investimento há muito está em curso, entretanto, burocracia junto das autoridades marítimas atrasou o início das operações. “Mas já estamos a operar, graças a Deus”, observou.
Comandante de Marinha, com experiência profissional em vários países, sobretudo, Portugal, Espanha e Holanda, Evandro é no momento capitão do Baltimore e explica que “como dono, quero acompanhar o início” das operações, para poder definir um “trabalho de qualidade”.
O Baltimore tem uma tripulação de 6 pessoas, incluindo o Comandante, e tem capacidade para transportar 10 passageiros, um número que poderá aumentar assim que o seu proprietário operar novos investimentos no navio, que passa pela introdução de sistema climatizado e cadeiras mais confortáveis.
No trajeto desta madrugada Praia/Boa Vista, o navio fez um tempo de 10 horas, com marcha em 9 milhas no sistema económico, indicou o Comandante.
Santo Antão às ilhas
Ligar Santo Antão aos mercados turísticos da Boa Vista e Sal, bem como São Nicolau é um processo que está em “formatação”, revelou o empresário, que dá conta de um processo que envolve as Câmaras Municipais da ilha de Santo Antão.
“A cada 15 dias podemos ir a Santo Antão e ligar a outras ilhas”, referiu, explicando que a prioridade é para os produtos frescos.
Evandro Nascimento explica que o pequeno operador tem em Baltimore um “parceiro para negócios” e avança que oportunamente irá apostar no agenciamento, de modo a que custos de operação nos portos sejam mais económico.
Leasing
O Baltimore foi adquirido em Holanda, no sistema leasing, indicou Evandro Nascimento ao OPAÍS, explicando que a ideia é “ir trabalhando e pagando”.
O barco chegou a Cabo Verde em maio último, mas a burocracia junto das autoridades marítimas foi morosa, e levou o empresário a suportar custos de salário e outras operações durante cerca de 4 meses.
Notícia relacionada:
TRANSPORTES MARÍTIMOS: Privado aposta numa embarcação para ligar Santo Antão aos mercados turísticos
