Isabel dos Santos acusada de 11 crimes na gestão da Sonangol

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Casos remontam à gestão da filha de José Eduardo dos Santos entre 2016/2017

A empresária Angola, Isabel dos Santos, é acusada de um total de 11 crimes na vigência da sua gestão à frente da Sonangol, entre 2026/2017.

A filha de José Eduardo dos Santos é acusada de peculato, burla qualificada, abuso de poder, abuso de confiança, falsificação de documento, associação criminosa, participação económica em negócio, tráfico de influências, branqueamento de capitais, fraude fiscal e fraude fiscal qualificada, adianta a Agência Lusa, num despacho noticioso desta segunda-feira, 15, em que cita um despacho de acusação.

No mesmo processo, são ainda acusados outras pessoas próximas de Isabel dos Santos, como Paula Oliveira, (seis crimes), o seu antigo gestor e amigo Mário Leite da Silva (seis crimes), o seu ex-administrador financeiro na Sonangol Sarju Raikundalia (nove crimes) e a consultora PricewaterhouseCoopers (PwC) (dois crimes).

O despacho citado pela fonte, refere que os arguidos causaram ao Estado Angolano um prejuízo superior a 208 milhões de Dólares, envolvendo salários indevidamente pagos, vendas com prejuízo, fraude fiscal e pagamentos fraudulentos a empresas.

O Ministério Público angolano, que analisa neste documento a gestão da filha do antigo líder Angolano, entre junho de 2016 e novembro de 2017, aponta várias irregularidades entre as quais um esquema de gestão paralela e contratos celebrados com empresas a si ligadas, através das quais foram feitos pagamentos ilegais.

Segundo a acusação, no âmbito da sua gestão e aproveitando a condição de filha do Presidente, Isabel dos Santos “devidamente concertada com os arguidos Mário Silva, Sarju Raikundalia e Paula Oliveira, de forma meticulosa, criou um plano para defraudar vigorosamente o Estado Angolano, persuadindo o Conselho de Administração a tomar decisões que os beneficiaram”.