Israel. Ministros Israelitas pedem Governo de emergência nacional

Vários Ministros Israelitas declararam-se nesta segunda-feira, 9, a favor de um Governo de emergência nacional devido à ofensiva militar do grupo Hamas no sábado, que já causou pelo menos 700 mortos em Israel

O Ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, reconheceu que “a realidade dita que a unidade e a coesão são necessárias para derrotar os inimigos”.

“Deixem as equipas e as negociações para trás. Peço ao Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu e a ex-Ministro da Defesa e líder do Partido da Unidade, da oposição, Benjamin Gantz para que estejam à altura da ocasião, reúnam-se imediatamente e acordem em criar um Governo de emergência nacional que una o povo, que eleve a motivação, que dê apoio ao Exército e alcancem a eliminação total do Hamas e as organizações terroristas em Gaza”, declarou Smotrich.

Nesta linha, o Ministro da Economia Israelita, Nir Barakat, argumentou que “Israel está em guerra e é hora de um Governo de unidade nacional”.

“Nestes tempos complexos, devemos colocar de lado as nossas diferenças e unir-nos contra um inimigo que nos quer destruir. Os combatentes do exército de todos os setores da sociedade Israelita vão à batalha pelo Estado de Israel e devemos apoiá-los com um Governo de unidade que represente toda a população. Devemos formar um Governo de unidade hoje e vencer a guerra juntos”, referiu Nir Barakat.

Por sua vez, o Ministro da Segurança Nacional, o ultradireitista Itamar Ben Gvir, indicou que o seu partido, Otzma Yehudit, apoiaria esta opção “desde que a base para a adesão seja um acordo que defina como objetivo do Governo a vitória do Exército e a eliminação das forças e do Governo do Hamas.

Ben Gvir anunciou hoje uma ordem de “emergência” para que a Divisão de Licenciamento de Armas de Fogo permita aos civis se armarem, desde que cumpram os requisitos para o porte de armas de fogo e não tenham antecedentes criminais ou restrições médicas.

O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território Israelita, sob o nome de operação “Tempestade al-Aqsa”, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como “Espadas de Ferro”.

O Ministério da Saúde de Israel divulgou, no domingo, um balanço de pelo menos 700 mortos em território Israelita e mais de 2.000 feridos.

O mais recente balanço do Ministério da Saúde Palestiniano registava, no domingo, 413 mortos devido aos ataques aéreos Israelitas em Gaza, o que elevava para mais de 1.100 o total de mortes nos dois lados dos confrontos armados iniciados no sábado.