Sei que é uma prova dura, que exige, com certeza, demasiada resistência.
Exige, sobretudo, paciência. Muita paciência!
Mas, também é uma resistência pela vida e para que ninguém se caia no percurso da corrida.
Se algum de nós cair ou enfrentar dificuldades, lá estaremos nós todos para o ajudar.
Esta corrida é sim para as nossas casas. É ai que será o nosso esconderijo.
Ou corremos todos para a casa e ficamos ali sossegados no conforto do lar ou pensamos ser um gigante que pode enfrentar o inimigo corpo a corpo. Imagine, corpo a corpo?
É ai que começa o perigo!
A falta de informação sobre o inimigo, a ignorância, numa guerra tão mortífera e de balas invisíveis, pode ser a nossa ratoeira.
Numa guerra, o que conta é a cabeça fria, informação, concentração, preparação, calma, disciplina, estar bem armado e seguir com todo o rigor as instruções do comandante-em-chefe.
O inimigo desta guerra é estranho, traiçoeiro e ataca de forma fatal.
O corpo dele é invisível à vista desarmada, não é um ser vivo, por este motivo não pode ser morto; ele mata e não pode ser morto; por ser uma molécula química ele acaba por desintegrar-se, quando encontra um ambiente hostil.
O corpo dele é coberto com uma substância gordurosa e quando se introduz no aparelho respiratório, sobretudo pela via nasal, boca e olhos, as células vão absorver a tal substância gordurosa e começa o processo de distruibuição e ataques ao corpo; nalguns casos ele nos conduz à morte, noutros casos podemos nos safar.
É um inimigo extremamente perigoso, é novo e ainda não são conhecidas todas as suas características; tem um alto grau de poder de infecção e, às vezes, pode infectar uma pessoa e esta não apresentar sintomas, o que aumenta o seu grau de maldade.
Pode uma pessoa estar infectada, não apresentar sintomas e, facilmente, sem saber, transmitir a infecção às outras pessoas.
Não sendo um ser vivo, não tendo pés para andar, o vírus só pode deslocar-se de boleia, através de seres que o transporta (homens, animais…) ou pode estar num sítio qualquer e tocarmos nele com as mãos e, por distração, levarmos a mão à boca, olhos ou nariz, e, assim, ficarmos infectados.
A infecção passa de um ser humano para outro, contrariamente ao que foi dito, inicialmente, pelos chineses; os especialistas confirmam que uma pessoa infectada, pode infectar mais duas ou três pessoas, conforme o seu grau de imunidade.
Vê-se que não é uma infeção automática, porque depende da resistência de cada organismo, ou seja da sua imunidade.
Não existe ainda uma vacina para o combate ao coronavírus. Estima-se que daqui a um ano ela possa existir.
No presente, o que nos pode salvar a vida é isolarmos em casa, evitarmos quaisquer tipos de contactos com outras pessoas e lavarmos as mãos com sabão sempre; ou fazermos a desinfecção permanente das mãos.
Cuidados redobrados em relação aos nossos idosos, pessoas que padecem de diabetes, asma, tensão, doenças do coração e outras doenças respiratórias. A prevalência de morte neste grupo é altíssima.
A nossa maratona vai exigir alguma resistência física (talvez 1/3?), mas, mais do que física, exigirá a resistência psicológica (2/3?). Para podermos aguentar e ficar em casa, evitando contactos.
Ninguém sabe quando é que isto termina. Não podemos saber se será uma corrida de meio-fundo (500 metros), de fundo (5.000 metros) ou de uma ultramaratona (quilómetros).
Espero e rogo que seja uma corrida de meio-fundo, no limite, não o podendo ser, que seja uma corrida de distância curta e que o manhoso vírus não consiga derrubar a resistência de cada um e das nossas forças colectivas.
Resistir às secas foi o nosso destino. A este vírus será o destino da humanidade. Não estamos sós e juntos temos que vencer a guerra.
Quando lembrarmos dos milhares e milhares que este inimigo já abateu, e que foram forçados a partir, somos obrigados a reforçar a disciplina, a resistência, e só voltaremos ao convívio, quando as autoridades nos garantir que a guerra acabou.
É verdadeiramente uma maratona dentro de casa, com as nossas famílias, em prol da vida e para salvar vidas.
O que, seguramente, exigirá muita determinação, um espírito espartano de disciplina e uma inspiração etíope de resistência.
Pois, temos que reconhecer que esta maratona é complexa e nada fácil.
É uma maratona confinada ao nosso doce lar. Onde não pode entrar um único ataque. Lá estaremos seguros e blindados.
Sei que não é fácil para este povo de folias, de festivais, de múltiplos convívios, de sabura, de carnavais, de viagens, de visitas, de alegria, de uma cana entre amigos, do vinho, confinar-se em casa, por muito tempo!
Ficar um dia em casa, parece uma semana. Uma semana, parece um mês e um mês, parece um ano.
Ficar muito tempo em casa, sabemos, pode trazer cansaço, impaciência, desfalecimento, indisciplina, rotina, desafio, falta ou escassez de rendimentos, falta de coisas básicas e muitas outras dificuldades, características
imagine a nossa comunicacao social esta a pecar.como levar geraldo almeida a tcv falar o que quer sem ter a certeza do que diz?Isto e contribuir para mais desinformacao sobre o combate a covid19.
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