JMN arrasou a Janira

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Pergunto se posso opinar? Posso?

Nunca vi o José Maria Neves a ser tão claro e directo em relação à liderança de Janira. Ele despiu o capote da diplomacia e falou “pão,pão, queijo, queijo”.

Peço permissão ao amigo José, para citar parte de afirmações feitas no seu artigo “Tempo para Arrepiar Caminho”, onde ele se refere às eleições internas do Paicv.

Sem papas na língua, o JMN escreve o seguinte:

“Cada um quer ter toda a razão e na busca de mais e mais e cada vez mais razão acaba por afogar-se nas próprias derivas e contradições”.

“…ninguém é mais militante do que o outro.”. “É sempre perigoso quando alguém se arvora em titular da consciência moral do partido a que pertence e se assume como inquisidor mor e único com capacidade de impor o bem aos outros.”.

“As disputas só revelam vitalidade se estribarem em regras do jogo claras e aceites por todos e em ideias e propostas alternativas de governação partidária”.

“Todos perdem quando uma disputa se resvala para ataques pessoais e destrutivos de carácter.”. “Cada ataque a um membro ou dirigente atual ou antigo é um golpe desferido no coração do próprio partido…”.

“Quem é membro e defende os princípios e os valores do Paicv não ataca os seus companheiros, na ilusão de que ele é “santo” e o outro é diabo…”.

“A política do terror e da inimizade nunca produziram bons resultados.”.

Reparem que o JMN estica a corda e fala de “política do terror”.

De tudo o que já li sobre as eleições internas do Paicv, confesso que ninguém foi mais claro e directo que o José Maria Neves.



1 COMENTÁRIO

  1. Caro Maika, peço autorização para contrariar-te. Eu vi e vejo nas palavras do JMN, um enorme oportunismo político, um cinismo desmedido, algo que sequer é estranho neste “elemento”. Repara no seguinte: José, que agora é seu amigo, joga com a ignorância abundante e reinante no seio do PAICV. Senão, veja um candidato a presidente da República que, na ânsia de mostrar-se independente (comunista, e todo comunista prega o fim do Cristianismo), e que arvora-se em guardião dos ideais do Papa Francisco, e, ao mesmo tempo, tem dificuldades em se desvincular do PAICV, a ponto de se imiscuir nos debates e embates eleitorais internos. José Maria precisa desmarcar-se do PAICV e parar com essa mania de intelectual, sábio e conselheiro informal do partido da ditadura. Afinal, em que ficamos? JMN segue as pisadas do General Ramalho Eanes e o seu PRD. José tentou sim, puxar tapete a Janira, que é, nem mais nem menos que sua cria “ex” predileta. Isto, com um único objetivo: acenar e atrair os desafetos da Janira para a sua laia. De mais a mais, neste PAICV, nem José Maria, nem ninguém tem a moral suficiente para seja o que for. Veja o silêncio do José Maria, e também da Janira, em relação ao caso do Fundo do Ambiente. José Maria não pode exigir dos outros aquilo que o próprio não cultiva. José Maria não pediu desculpas ao País pelo Fundo do Ambiente, pela Casa para Todos, pelas Barragens, pelo Anel Hidroviário do Fogo.

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