O comportamento do sr. José Maria Neves é deveras GRAVÍSSIMO, indesculpável. A frequentar galas e encontros festivos na América…enquanto as Forças Armadas de Cabo Verde, cujo chefe supremo é precisamente o Presidente da República, vivem uma tragédia e um momento difícil.
Mas essa criatura já perdeu a noção das coisas?
Que raio de “agenda” está ele a cumprir, desde Sábado, no país de George Washington?
Vai trazer-nos, finalmente, os célebres helicópteros que prometera, com ar de Bocage, há quase duas décadas?
A Federal Reserve norte-americana irá assumir a dívida pública cabo-verdiana, que explodiu, particularmente, sob a linda “governação” nevesiana?
Ou está ali, com a sua típica esperteza leninista-revolucionária, a negociar a transferência de um pedacinho de Silicon Valley?!
Caramba!
O Presidente da República sabe muito bem que ao abrigo do artigo 131 da nossa Constituição, durante a sua ausência no estrangeiro quem interinamente o substitui é o Presidente da Assembleia Nacional. Entretanto, fez-se representar no ato de homenagem aos militares falecidos pela primeira dama, numa atitude jamais vivenciada em Cabo Verde.
Ele sabe ainda que em Cabo Verde a primeira-dama não tem um estatuto próprio e não pode legalmente representar o Presidente da República em cerimónias oficiais do Estado, porém, fê-lo conscientemente para marcar terreno enquanto participava de festarolas nos Estados Unidos.
Qualquer Presidente da República que se preze pegaria o primeiro voo e regressava à casa numa situação tão grave como a que aconteceu, quanto mais não seja, sendo ele o Comandante Máximo das Forças Armadas. Ou invés de regressar decidiu participar de todos os eventos agendados nos EUA, incluindo passagem de modelo e jantar musical. Deveria seguir o exemplo da Presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina que estando no estrangeiro regressou imediatamente sem cumprir a visita de trabalho na qual participava.
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