Joana Rosa diz que não se pode falar da democracia em Cabo Verde sem se falar do MpD

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Nova líder da bancada parlamentar do MpD sublinhou, no seu discurso, do Dia da Liberdade e Democracia, os ganhos conseguidos após 13 de Janeiro de 1991 em Cabo Verde, sublinhando que o País passou de um Estado totalitário, a um Estado de direito democrático. PAICV e UCID pedem mais igualdade e tolerância

A Deputada Joana Rosa sublinhou, hoje, na Assembleia Nacional, durante o ato Solene do 13 de Janeiro, que não se pode falar da democracia em Cabo Verde sem se falar de um Partido que foi timoneiro no processo, o MpD, que segundo ela, contribuiu de “forma incisiva” para a queda do artigo 4.º da Constituição então vigente.

A líder parlamentar do MpD enfatizou que a alternância democrática tem constituído o fator importante para o fortalecimento da democracia no Arquipélago, “uma referência no mundo”.

O MpD governou o País, pela primeira vez, entre 1991 e 2001, e retornou ao poder 15 anos depois, em 2016. Nestes quase quatro anos de governação, a Presidente da direção parlamentar diz que o País tem conseguido “grandes progressos” e conhecido um “outro patamar de desenvolvimento”, e o Governo tem introduzido reformas em vários “setores importantíssimos” visando garantir a democracia económica, o combate à pobreza e à pobreza extrema, a redução das desigualdades sociais, das assimetrias regionais, ao fortalecimento do Poder Local e o reforço das instituições de controle e fiscalização da atividade governativa, implementando políticas que visam a melhoria das condições de vida dos Cabo-verdianos, e fazer chegar a riqueza a cada Cabo-verdiano.

A eleita da Nação comparou a governação do PAICV, durante os 15 anos, com os cerca de 4 anos do MpD, afirmando que o País está a crescer hoje cinco vezes mais do que crescia em 2015. “Do crescimento anémico de 1%, estamos a crescer segundo os recentes dados do INE a 6,7%, e estamos a cumprir com o que prometemos aos Cabo-verdianos”, disse, observando também que o desemprego está a diminuir, não obstante a seca e maus anos agrícolas.

Por sua vez, a Deputada da UCID, Dora Oriana Pires, observou que a liberdade ainda não beneficiou todos os Cabo-verdianos, por isso o seu Partido está preocupado com o que chama de “possibilidade de castração da liberdade”, com a entrada em vigor da lei de paridade, de que a UCID votou contra.

No que diz respeito ao crescimento económico, Dora Oriana Pires, precisou que a mesma não deve ser desprezada por ninguém, mas garante que a mesma não está a ter impacto nos trabalhadores.

Já o líder parlamentar do PAICV, Oposição, Rui Semedo, sublinhou ser “injusta e redutora” a posição do MpD em se considerar protagonista da democracia, e foi dizer não, que para o PAICV, a independência nacional, é a conquista maior de Cabo Verde, sublinhando que o 13 de Janeiro de 1991 é um culminar de um processo desencadeado desde 19 de fevereiro de 1990.