Intervenção da líder Parlamentar do MpD surgiu na sequência da declaração política do PAICV, que criticou a participação de dirigentes de cargos públicos nas campanhas eleitorais
A Deputada do MpD, Joana Rosa, disse hoje, no Parlamento, que o PAICV, na Oposição, está em desespero com o aproximar das eleições Autárquicas, d e 25 de outubro.
A declaração de Joana Rosa surgiu na sequência da declaração política feita pelo PAICV, que critica a participação dos dirigente dos cargos públicos, como o Primeiro-Ministro, o Presidente da Assembleia Nacional e Ministros, nas campanhas eleitorais, afirmando ser isso um desrespeito pela lei. Na sua intervenção, Joana Rosa afirmou que “o desespero já chegou ao PAICV” que agora quer “atacar as instituições” da República, porque “acham que têm de fazer o que bem entender e outras pessoas não”.
A Deputada da Ilha do Maio, justificou a sua afirmação com o fato de os dirigentes terem participado nas campanhas com os recursos próprios e não com o recurso do Estado.
“O Presidente da Assembleia Nacional é um Deputado. Fora da Assembleia é um político, ele (Jorge Santos) pode sim tomar parte da campanha desde que não use recursos da Assembleia”, advertiu Joana Rosa, afirmando que o PAN não usou nenhum recurso da Assembleia Nacional. A declaração política do PAICV, não tem razão de ser, no entender de Joana Rosa, porque em outros tempos, quando o PAICV era governo da república aconteceu a mesma coisa com os demais presidentes da Assembleia Nacional, Ministros, entre outros dirigentes públicos. Atualmente, disse a Deputada, o PAICV deveria olhar para o seu lado, já que o Secretário da Mesa de Assembleia Nacional, Américo Nascimento é o Coordenador Autárquico do PAICV para as eleições de 25 de outubro. “Ele (Américo Nascimento) tem estado em todos os cantos a fazer campanha, a vice Presidente da Mesa da Assembleia Nacional, Eva Ortet, está neste momento na Ilha do Fogo a fazer campanha, e o Presidente da Assembleia não pode?”, questionou.
Joana Rosa recorreu ao passado para justificar o que considera ser desespero do PAICV. “Lembram quem era o Coordenador Autárquico do PAICV em 2012? Era Basílio Mosso Ramos, então Presidente da Assembleia Nacional. Aristides Lima participou ou não na campanha enquanto Presidente da Assembleia Nacional? Engenheiro Espírito Santo participou ou não na Campanha, enquanto Presidente da Assembleia Nacional?”, questionou, afirmando que a mesma lei que havia no passado, aquando da participação desses dirigentes afetos ao PAICV, na Campanha, é a que ainda vigora, pois “não houve nenhuma alteração”, precisou.
