João Lourenço volta a falar para interior do MPLA

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O Presidente de Angola e dirigente máximo do MPLA voltou a enviar recados para o interior do Partido e voltou a falar em “indevidamente ilícito” de uma elite, com ramificações familiares

Foi na abertura do VII congresso extraordinário do MPLA, no sábado, que João Lourenço lembrou que Angola realizou vários investimentos para reerguer o País, após o conflito armado. Entretanto, assinalou, a dívida pública e particularmente a dívida externa atingiram “níveis tão altos”, comparado ao que realmente se investiu nas diversas infraestruturas, porque “ela serviu também para financiar o enriquecimento ilícito de uma elite restrita, muito bem selecionada, na base do parentesco, do amiguismo e do compadrio, que constituíram aglomerados empresariais com esses dinheiros públicos”.

O Presidente disse ainda que, “com esta situação de injustiça”, que precisa de ser corrigida, Angola despende, por cada dólar na realização do serviço da dívida, o pagamento desses investimentos “ditos privados, na banca, na telefonia móvel, nos media, nos diamantes, na joalharia, nas grandes superfícies comerciais, na indústria de materiais de construção e outros que uns poucos fizeram com dinheiros públicos”.

João Lorenço diz mesmo que “não é aceitável” e nem se pode “conformar” que empresas públicas financiem “negócios privados” como se de instituições de crédito se tratassem”.

Noutro sentido, o dirigente realçou que o MPLA precisa de dirigentes que façam respeitar a Constituição e a lei, que através do seu exemplo “eduquem toda a Sociedade, na necessidade de respeito pelo bem público, da necessidade de todos prestarem contas da forma como gerem o erário público, que é propriedade de todos os contribuintes”.